Talvez seja pela preocupação hoje de agradar os ouvintes, de se ganhar mais leitores, de se obter mais audiência ou quem sabe seja o medo da rejeição, ou do preconceito, seja lá o que for, a verdade é, que não se fala mais sobre PECADO, como já se falou no passado, em que a mensagem central do evangelho era: Arrependei-vos porque é chegado o Reino de Deus! O pecado é a principal fraqueza do ser humano, é a razão de todo tipo de mal que possa existir na sociedade, é motivo número um do homem ter perdido a salvação, foi o principal motivo de Jesus ter descido da Sua glória e habitar neste mundo imundo.
Os pregadores modernos, ao invés de denunciarem o pecado, preferem acariciar o ego humano, enfatizando o valor interior de cada um, pregam motivação, auto-estima e outras formas “positivas” de mostrar o quanto somos importantes e precisamos acreditar em nós mesmos. Enquanto a Palavra de Deus, nos mostra ao contrário, ela nos revela o quanto não somos nada e não valemos nada diante de Deus. Isaías diz que as nossas justiças são, diante de Deus, como trapos de imundícia (Is 64.6).
O homem sem Deus é como um leproso, imundo e suas justiças são como os trapos que os leprosos tiravam de si, com pedaços dos seus corpos, fedendo e estragados. Foi o amor de Deus que nos trouxe salvação, não é porque merecíamos ou porque fôssemos importantes e de muito valor, NÃO, foi apenas e unicamente o amor de Deus, que apesar de não termos mérito algum, Ele veio e se tornou como um de nós e levou sobre si todas as nossas transgressões.
Quando somos salvos e regenerados pela Sua graça, passamos a ter valor, não pelo que somos, mas pelo que Ele nos fez, nos transformando e fazendo de nós vasos de barro que contém este tesouro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa (II Co 4.7). Somos o que somos, pela graça de Deus!
O grande segredo de uma vida positiva, motivada e cem por cento otimista, é ser cheio do Espírito Santo de Deus, é uma vida de fé genuína em Jesus e a entrega total de tudo que somos nas Suas mãos. Ele tem o poder de nos perdoar, libertar, curar e de nos fazer pessoas de real valor. Mas para isto, precisamos reconhecer humildemente, que somos por nós mesmos, inúteis e pecadores.
Paulo era um indivíduo que tinha tudo para confiar em si mesmo, como ele mesmo disse (Fl 3.4), mas aprendeu a considerar tudo o que ele tinha de potencial como lixo, ou como ele mesmo disse no original: Refugo = Esterco. Assim, ao invés de ficarmos acariciando o “eu”, devemos esmurrá-lo, nocauteá-lo como diz Paulo (I Co 9.27). Ao contrário de estarmos motivando as pessoas a confiar em si mesmas, precisamos mostrá-las o quanto precisam se humilhar e reconhecer que não são nada, e é claro, podem se tornar de um valor imensurável, se renderem suas vida incondicionalmente ao Senhor Jesus, e aprenderem a ouvir de Deus: a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza!