quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O EVANGELHO DA GRAÇA

Paulo, escrevendo a carta aos gálatas, tinha a preocupação de combater os judaizantes que tentavam influenciar o cristianismo primitivo, entendemos por esta carta o quanto um dos maiores inimigos do cristianismo é a religiosidade, pois os judaizantes eram os religiosos judeus que tentavam impor os rituais judaicos aos cristãos de origem gentia, ou seja não judeus. Olhando para o ministério de Jesus, também observamos a mesma preocupação do nosso Mestre em combater ferrenhamente os fariseus, chamando-os de raça de víboras, sepulcros caiados e filhos do diabo. Paulo já de inicio na sua carta aos gálatas, diz que se alguém prega outro evangelho, que seja amaldiçoado, e ainda faz questão de repetir: seja anátema (amaldiçoado). Hoje a situação não é diferente, talvez até seja pior, porque tanto tempo se passou e o homem se acostumou com muitas crendices religiosas até mesmo “evangélicas”. O que não diria Paulo hoje ao olhar para a igreja e ver tantos ensinos e práticas pagãs misturadas com o cristianismo, e isto dentro das próprias igrejas que se dizem cristãs. Por exemplo a sacralização dos templos, como sendo habitação santa de Deus, a sacralização do altar ou seja o púlpito evangélico como sendo o santo dos santos, o clericalismo evangélico colocando os “apóstolos”, “bispos”, “levitas”, “reverendos”, etc numa “vestimenta sacerdotal” em detrimento dos leigos e fieis que não conseguem chegar as bençãos de Deus sem a instrumentalidade destes “profissionais da igreja”, parece que estamos de novo precisando de outro Lutero e outra Reforma Protestante, pois infelizmente a igreja caiu de novo na mesma ladainha. Aliás, quando vejo alguns programas da “Canção Nova” fico envergonhado de notar que em alguns ensinos eles estão mais evangélicos do que os próprios evangélicos. Mas o que gostaríamos mesmo de dizer é sobre a seriedade que é não vivermos o evangelho da graça do Senhor Jesus, isto é maldição. E o que é o evangelho da graça do Senhor Jesus? Segundo esta carta mesmo aprendemos que o verdadeiro evangelho, é aquele vivido através da fonte correta, que é o próprio Jesus, seu Espírito e sua Palavra, o evangelho falso, busca outras fontes e recursos, onde se vive apenas uma artificial e superficial religiosidade, mas o verdadeiro flui do interior, de um coração circuncidado, transformado, quando se deixa de viver para que Cristo viva através de nós. Cristianismo puro não tem origem nas forças humanas, e sim na graça de Deus. Não é apenas viver uma cultura religiosa diferente, mas viver uma transformação verdadeira de caráter. Ser religioso evangélico é até difícil mas é possível, mas ser um cristão de fato não só é difícil mas é impossível se não for pela graça e o poder de Deus. Que tipo de evangelho temos vivido? Qual tem sido a verdadeira fonte de nosso comportamento, palavras e pensamentos? O estilo de vida que transmitimos é simplismente de mais um religioso ou é do milagre de Jesus em nossas vidas? O evangelho de Jesus não só traz prosperidade, segurança e prazer, mas também cruz, renúncia e perseguição, e infelizmente os pregadores da mídia não tem coragem de pregar o evangelho pleno e sim um evangelho manco e capenga, porisso se formam não discípulos de Jesus, mas apenas um bando de religiosos mal informados; se uma verdadeira perseguição se levantasse hoje, eu não sei o que ia sobrar dessa igreja que estamos vendo, pois na sua maioria só quer saber da benção e nunca do abençoador, estão mesmo é debaixo do anátema, ou seja da maldição, pois não estão vivendo o evangelho da graça e sim um falso evangelho. Tenho aprendido na palavra de Deus, que quando corremos atraz do abençoador, as bençãos correm atráz de nós, nem é preciso buscá-las, mas se corremos atraz das bençãos, as maldições é que correm atráz de nós por estarmos nos distanciando do abençoador. Vamos buscar a Deus, o evangelho da graça nos leva a Ele, somos apaixonados por Ele, desejamos Ele mais do que qualquer outra coisa. Louvado seja Deus porque no meio dessa confusão toda que está por aí, Deus tem levantado uma geração apaixonada por Jesus, um povo que tem amado intensamente a Palavra de Deus, a presença de Deus, eu creio, este é o remanescente que conhece verdadeiramente o abençoador e também as suas bençãos. O maior milagre continua sendo o da verdadeira conversão, quando sobrenaturalmente começamos a relacionar com Deus, e vamos experimentar o poder de sua presença, que nos cura, liberta, perdoa, restaura e faz transformações profundas também em nosso caráter, para que testemunhemos a todos que Ele ressuscitou e está vivo e é a única esperança para este mundo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONHECENDO NOSSO MAIOR INIMIGO

Introdução: nos enganamos quando pensamos no diabo como o nosso maior inimigo, existe um pior que ele, aliás a grande arma do diabo contra nós, é justamente em conhecer bem de perto este nosso maior inimigo, que é a nossa própria carne contaminada com o pecado, por isso disse Paulo: “miserável homem que eu sou, quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24) Vivemos como que amarrados a um morto, isto é, como se estivéssemos carregando um cadáver que quer nos matar espiritualmente, este é nosso maior inimigo, o próprio “eu”.

I. Quem de fato se converte?
   Em primeiro lugar é bom termos consciência de que a conversão se dá no nosso espírito e não na nossa carne. Em Efésios 2.1 e 5, lemos que nós estávamos mortos, e que juntamente com Ele fomos ressuscitados, se fomos ressuscitados, isto se deu em nosso espírito e não em nossa carne, desta forma, entendemos que nossa carne não se converte, mas sim nosso espírito que recebe a vida de Deus, e assim nos tornamos novas criaturas, possuímos um novo homem no nosso interior e ao mesmo tempo continuamos carregando o velho homem que é a nossa carne corrompida pelo pecado que luta constantemente contra o nosso espírito. Se nós não tivéssemos uma carne com desejos de pecado, o que poderia nos tentar? Ou quem poderia nos tentar? Mas o diabo conhecendo a natureza humana, torna-se um grande tentador, colocando coisas diante de nós para desviar nossa atenção das coisas do espírito para as coisas que são da carne. Lembre-se a carne nunca se converte, ela apenas deve permanecer sob a disciplina do espírito, aliás, devemos ver nossa carne como uma serva do espírito, ela deve nos servir e não nos dominar. O convertido é aquele que tem Jesus como seu Senhor, e jamais permite que a carne esteja no domínio de sua vida.

II. Qual é o problema da carne?
    Em segundo lugar precisamos conhecer o grande problema da carne, que é a sua natureza pecaminosa. O salmista diz: eu nasci em iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe. Há na nossa carne o que a bíblia diz de concupiscência, isto é, um desejo muito forte, uma paixão quase incontrolável, uma atração fortíssima para com as coisas materiais. A carne tem prazer intensamente nas coisas materiais e nem um pouco nas coisas espirituais. Ela é egoísta, mesquinha e além de tudo birrenta, isto é, nunca se dá por vencida. Por isto, é interessante notar, que não ficamos surpresos, ao ver tantos homens e mulheres abençoadas, que de repente “pisam na bola”, escandalizando “meio mundo”. Por isto a palavra nos exorta: aquele que está em pé, veja que não caia. A carne é como o ar comprimido dentro de uma seringa sem saída, se deixarmos de apertar, o cabo da seringa volta, mas se fizermos força, pela sua elasticidade, o ar se comprime novamente. O cristão tem que sempre estar “comprimindo” a carne, porque se afrouxar, a carne o domina novamente. Por isto eu gosto do termo que Paulo usa em I Coríntios 9.27, que significa no original “nocaute”, isto é, ele esmurra a sua carne a ponto de reduzi-la a nocaute, e como uma luta espiritual, onde devemos golpear nossa carne para que ela seja nossa serva e escrava da nossa vontade, que é fazer a vontade de Deus e não da carne.

III. Qual o caminho da vitória?
     Vai vencer aquele que melhor estiver alimentado, sem dúvida alguma. Se alimentarmos só a carne, ela será sempre a vitoriosa, mas se alimentarmos mais nosso espírito, daremos a ele condições de vencer a carne. O espírito se alimenta de duas coisas básicas: 1. Comunhão com Deus – este é o primeiro e mais importante alimento do espírito, viver e ter um relacionamento com Deus de verdade, o que fazemos na prática de duas formas: lendo e meditando na palavra de Deus, e orando sem cessar. O primeiro deve ser uma leitura de qualidade e não de quantidade, e o segundo deve ser uma oração que é constante em nossas vidas, não desviarmos os nossos pensamentos de Deus. 2. Comunhão com nossos irmãos – o segundo alimento do espírito é o relacionamento de qualidade que devemos ter com os nossos irmãos de fé, digo de qualidade, porque não é só estar sentados próximos dentro de quatro paredes, mas é aquele relacionamento, quando podemos compartilhar nossas vidas, falando, ouvindo e trocando nossas experiências de fé cristã, precisamos de fato uns dos outros. Por isto Jesus plantou uma igreja na terra na base do discipulado, isto é, relacionamento de pequenos grupos, ele atendeu sempre uma multidão, mas apenas fez discipulado com 12 homens.

Conclusão: o que também é muito importante e que nos ajudará a manter a carne sob disciplina, é a “respiração espiritual” que devemos exercitar. Quando confessamos nossos pecados, numa atitude de humildade reconhecendo nossos erros, estamos na verdade nos esvaziando do “gás carbônico”, estaremos nos despojando de tudo aquilo que contamina nossas vidas, e recebemos o perdão de Deus, estamos nos enchendo do “oxigênio” que vai nos purificar e fortalecer nossas vidas, para que possamos viver um cristianismo saudável e próspero, desenvolvendo nossas vidas dentro da vontade de Deus.


Pr. Daniel de Oliveira Corrêa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

UM PLANO INFALÍVEL

Definimos biblicamente o ser humano como um espírito, que possue uma alma e habita num corpo (I Ts 5:23). Originalmente criado por Deus, vivia o homem sem pecado, e em plena comunhão com o Criador, seu espírito vivificado exercia dominio sobre a alma e corpo. Mas o queda, que foi a desobediencia de Adão no Édem, quebrou a comunhão do homem com seu Criador, e assim seu espírito morreu, isto é, separou-se de Deus, e o homem passou a viver o estado de um pecador.

I. O ser humano em pecado
Conforme Efésios 2:1-3, o homem passou a viver em delitos e pecados, segundo: o curso deste mundo, o principe da potestade do ar e as inclinações da carne. Isto significa que este passou a ser dominado pelo exterior, e que sob esta influência teve seu corpo e alma totalmente vivendo dentro de valores terrenos e malígnos.
a. O primeiro jugo do ser humano, é o que se chama curso deste mundo, que são os valores materiais que cercam a vida humana.
b. O segundo é o jugo de Satanás que como criatura rebelde a Deus, instiga o homem à desobediência e insubmissão ao seu Criador.
c. O terceiro e último é o jugo da carne, que é o homem andar em obediência à sua própria vontade e pensamentos.
Enquanto isso o espírito permanece separado de Deus e condenado a morte eterna.

II. O plano de restauração
Em continuidade o texto de Efésios 2:4-6, nos mostra que a restauração do ser humano, é feita através da vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus. Pois Ele depois de pagar o preço do pecado, foi ressucitado e colocado acima de todas as coisas e de todos os nomes que se possa referir (Efésios 1:20-23), e juntamente com Ele, Deus também nos ressucita e nos faz assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
Assim sendo, nosso espirito experimenta a ressurreição, e é restituido ao lugar que possuia antes da queda, com a habilidade de dominar a alma e o corpo, por sua vez dominará conforme a vontade de Deus, também todo o exterior onde vivemos e nos movemos.
Isto se torna realidade mediante a fé (Ef 2:8,9), na medida em que cremos (Ef 1:19), e assim provamos o novo nascimento, a nova vida em Cristo Jesus, onde ocupamos um lugar especial juntamente com Ele nas regiões celestiais.

III. A vida no Espírito
O cristão por ser um ser humano restaurado, vive uma grande luta interior. Pois apesar de ter seu espírito vivificado, no entanto ainda possue uma carne (corpo e alma), que continuam corruptíveis e devem estar sob constante disciplina.
a.       A carne deve ser serva e não senhora ( I Co 9:26-27).
b.      A carne é tendenciosa ao pecado, ou seja a própria morte (Rm 7:22-24).
c.       A carne milita contra o espírito (Gl 5:17).

Assim sendo precisamos viver no Espírito:
a.       Ele possue o poder de vivificar (Rm 8:10-14).
b.      Ele deve estar exercendo domínio sobre a alma e o corpo (Rm 8:5,6).
c.       Ele milita contra a carne e pode vence-la (Gl 5:17).

Por isto precisamos alimentar o espírito mais do que a carne, para que a vontade  dele seja mais forte do que a da carne. (Gl 5:17,24-25). O que alimenta o Espírito:
a.       A Palavra de Deus – Mt 4.4
b.      A vontade de Deus – Jo 4:34
c.       O louvor e gratidão – Ef 5:18-21
d.      Palavras de fé e bençãos – Mc 7:15-23
e.       Comunhão cristã – Sl 133

Conclusão: Deus é o único que pode conduzir o ser humano à uma vida de vitória, sobre a carne, o mundo, o pecado, o diabo, as circunstâncias e assim por diante. Através de Jesus, segundo a Palavra de Deus e vivendo no espírito, somos mais do que vencedores.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO

Introdução: nossa vida em relação a Deus, é como um casamento, o Espírito Santo é nosso esposo e nós somos como se fossemos a esposa dEle. Nos tornamos como uma só carne, tudo o que se vive será em comum acordo com Ele. Ele inclusive tem ciúmes de nós se resolvemos deixá-Lo de lado em alguma áreas de nossa vida.




Andando no Espírito

Paulo escreveu esta carta justamente para combater a tendência do cristão em andar na carne. Andar na carne é como se estivéssemos traindo o Espírito Santo, e fazendo coisas sem a liderança dele. Como no casamento, o homem foi colocado como líder na família, e a mulher deve andar em acordo com seu líder, caso contrário haverá uma traição, e é assim que acontece com nossa vida espiritual, deixamos o nosso líder de lado e começamos a viver independentemente dEle. E isto como os afirma a Palavra de Deus, entristece o Espírito Santo e O apaga em nossas vidas (Ef 4.30 e I Ts 5.19). Quando Paulo fala que devemos andar no Espírito, significa que devemos andar sob a liderança do Espírito Santo. O cristão deve viver não por si mesmo, mas pelo poder do Espírito Santo e desta maneira o fruto do Espírito fluirá em sua vida. O fruto do espírito é o próprio caráter de Deus em nós. É importante notar que o texto diz O FRUTO e não OS FRUTOS, porque o fruto é um só, sendo que ele tem vários gomos. Devemos andar no Espírito e apresentarmos todos os gomos do fruto do Espírito que são:



1. AMOR – este amor é o amor ágape, o amor espiritual, o amor que vem de Deus, o amor incondicional, o amor que não é só sentimental, mas o amor que o Espírito Santo derrama sobre nossos corações (Rm 5.5). Quando andamos no Espírito, vamos amar incondicionalmente, poderemos amar até nossos inimigos como Jesus disse que devemos amar. O amor também vai dar motivações em nossas vidas, porque tudo o que faremos, nós faremos em amor. Devemos viver o amor, amar não é só um sentimento, mas também uma decisão. Se tudo em nossas vidas for realizado em amor, vamos fazer o melhor e faremos para agradar a Deus e todos aqueles a quem servimos em nossas vidas, na família, no trabalho, na igreja ou em qualquer outra área.



2. ALEGRIA – esta alegria não é um sentimento emocional de acordo com as circunstâncias, e sim uma alegria que é dada pelo Espírito Santo e que não depende das circunstâncias, como Paulo e Barnabé que ao serem expulsos de Antioquia diz a bíblia que transbordavam de alegria e do Espírito Santo (At 13.50-52), por isto também Paulo escreveu uma carta como a de Filipenses e embora estivesse preso em Roma ao escrevê-la, faz menção várias vezes da alegria, inclusive diz: alegrai-vos SEMPRE no Senhor! (Fl 4.4). Para se alegrar sempre só mesmo pode poder da vida do Espírito em nós. Alegria é até mesmo uma ordem: alegrai-vos! Como Deus vai nos ordenar a fazer algo que não podemos, se Ele ordena é porque se torna possível pelo seu Espírito em nós.



3. PAZ – a paz semelhantemente à alegria não é um sentimento momentâneo, mas sim a segurança e a tranqüilidade que Deus nos dá para enfrentarmos quaisquer circunstâncias. Jesus disse que nos daria uma paz que o mundo não pode dar (Jo 14.27), e Ele acrescenta dizendo mas não temermos. A paz do Espírito Santo em nós é que remove todo medo e temor, nos dando a capacidade de dormirmos tranqüilos mesmo em meio às tribulações, como Davi diz no Salmo 4.8, que deitava em paz e dormia porque o Senhor o fazia repousar seguro. Se vivermos no Espírito vamos poder experimentar desta paz e segurança total.



4. LONGANIMIDADE – esta palavra significa “ira longe”, ou seja teremos um pavio tão longo que nunca irá se explodir, porque sempre haverá tempo suficiente para apagá-lo. Ser longânimo é deixar o Espírito Santo nos acalmar, para jamais darmos lugar a ira. A bíblia também diz: irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira. (Ef 4.26 e 27) E em seguida diz para não darmos lugar ao diabo. A longanimidade do Espírito Santo em nós que faz de nós pessoas pacientes e calmas a ponto de suportarmos os momentos de adversidade e discórdia em casa, no trabalho e em qualquer parte onde nos relacionamos.



5. BENIGNIDADE – ser benigno é promover o bem com as nossas vidas, vivemos para o bem. Um homem benigno é aquele promove o bem, é honesto, trabalhador que vive na integridade servindo o próximo. O Espírito Santo quer que vivamos uma vida de serviço e de testemunho do seu poder em nós, por isto Ele nos dá essa capacidade de sermos benignos. A benignidade em nossas vidas fará com que nossa reputação seja conhecida de todos como alguém que vive para servir e fazer o bem em tudo o que nos envolvemos. Ser benigno é viver não egoisticamente mas viver altruísticamente.



6. BONDADE – embora um termo parecido com o anterior, a bondade diz respeito as boas obras, ser benigno é aquilo que somos enquanto que a bondade diz respeito mais aquilo que fazemos. A bondade é quando o Espírito Santo nos leva a fazer coisas boas, não só dentro de nossos afazeres normais, mas quando nos propomos a ir além de nossas obrigações, para fazermos alguma coisa pelo nosso próximo. A bondade também é a nossa sensibilidade às necessidades dos outros, por exemplo quando damos lugar numa fila para um velho ou uma mulher grávida. Há muitas oportunidades em nossas vidas para atos de bondade, o que mais precisamos é dar lugar ao Espírito Santo em nossas vidas para nos fazer sensíveis a estas oportunidades.



7. FIDELIDADE – a fidelidade também é uma parte do fruto do Espírito que nos leva a ser fiel, ou seja sermos dignos da confiança de todos, precisamos ser fieis no casamento, nas amizades, nos compromissos financeiros, nos compromissos corriqueiros, no trabalho, na igreja. Fidelidade também tem haver com pontualidade em nossos compromissos. Fidelidade também tem haver com a palavra que empenhamos com as pessoas. Sobretudo a própria fidelidade para com Deus obedecendo a sua Palavra e praticando tudo o que Ele tem nos ensinado. Fidelidade é uma virtude que reflete em todas as áreas de nossas vidas. É importante entendermos que o Deus que habita em nós pelo seu Espírito Santo é fiel, e assim também devemos ser fieis, a bíblia diz que Deus permanece fiel mesmo quando somos infiéis (II Tm 2.13).



8. MANSIDÃO – ser manso, é abrir mão de nossos direitos, é dar a outra face aquele que nos fere, é andar duas milhas ao que nos manda andar uma. A bíblia diz que Moisés foi o homem mais manso da terra (Nm 12.3), justamente porque por mais que o povo de Israel se levantasse contra ele, a ponto de desejarem apedrejá-lo, ele no entanto orou por eles pedindo que Deus os perdoasse, e colocou até mesmo sua vida em risco por causa daquele povo. Embora ele tinha seus direitos e justificativas para se livrar daquele povo, no entanto ele abriu mão e cedeu. O Espírito Santo nos capacita a sermos como Moisés e vivermos abrindo mão de nossos direitos e vivermos como servos apenas. Devemos deixar Deus julgar nossas causas, pois a bíblia diz que a ira do homem não produz a justiça de Deus (Tg 1.20 e Rm 12.17-21).



9. DOMÍNIO PRÓPRIO – por fim o domínio próprio, a temperança, ser uma pessoa equilibrada. Quem não tem domínio próprio geralmente é aquele que facilmente “perde a cabeça”, uma expressão popular para mostrar alguém descontrolado que pode fazer loucuras. Mas o Espírito Santo é aquele que nos leva a uma vida de perfeito equilíbrio. A melhor maneira de vermos o domínio próprio em ação é quando estamos vivendo debaixo de altas pressões, e mesmo que o mundo está desabando sobre nós, conseguiremos manter a calma assumindo nossas responsabilidades como se tudo estivesse em perfeita ordem, este é um verdadeiro milagre do Espírito Santo em nós. Se tivermos domínio próprio dificilmente entraremos em stress, nem mesmo seremos vítimas da síndrome do pânico, tão comum nos nossos dias.



CONCLUSÃO: veja que coisa maravilhosa o fruto do Espírito, é um dos maiores milagres de Deus em uma vida. Não nos esqueçamos que Deus quer tudo isto para todos nós, é um fruto só que contém todos estes “ingredientes”. Para isto o que precisamos é como diz no final do texto: crucificarmos a nossa carne com suas paixões e concupiscências. Esta é a vida que Deus quer que vivamos, se tivermos um “casamento com o Espírito Santo” em fidelidade, seremos uma só carne com Ele e poderemos experimentar uma vida cheia da sua presença, e inundados por Ele viveremos como Ele, externando o caráter de Jesus, que é o fruto do Espírito Santo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CRISTIANISMO CAMUFLADO DE HUMANISMO

Vivemos um período da história em que o significado de Cristianismo assemelha-se a um ninho abandonado no qual as mais variadas espécies de pássaros chocam seus ovos, inclusive aquelas espécies que, entre si, são antagônicas por natureza. Observa-se, na atualidade, o desenvolvimento gestacional de uma aberração “teológica” denominada “Humanismo Cristão” aninhada neste pseudocristianismo.

Antes de mais nada, é preciso que entendamos o conceito filosófico do que se designa por “Humanismo”. Tal sistema de pensamento e de vida, propõe que o homem, com o seu “eu”, é o fim último de todas as cousas. O “eu” (ou ego) é o centro de tudo, e em torno dele devem gravitar todas as coisas. O resultado óbvio de tal filosofia é o individualismo e a competição. Pode-se identificar as duas facetas desta “moeda humanista” em nosso mundo: O humanismo materialista em que o “eu” procura satisfazer-se de coisas materiais, materializando ou “coisificando” tudo, até mesmo pessoas. O homem é medido ou avaliado pelo que possui: carros, casas, roupas, utensílios, etc. A outra faceta da “moeda humanista” refere-se ao humanismo místico, em que o “eu” procura satisfazer-se dos poderes sobrenaturais ou ocultos. O alvo é “energizar-se”, buscando poderes para encontrar o sucesso “em si mesmo”. Não é uma busca de Deus para adora-Lo e servi-Lo. É a busca da auto-divinização. Daí a expressão: “Desperte o deus que há em você”.

Em seu livreto Cristianismo versus Humanismo, Hitoshi Watanabe do Grupo Interdisciplinar Cristão, declara: “Sob a perspectiva cristã, uma das coisas mais preocupantes é o humanismo camuflado de cristianismo. Eis algumas de suas características: Um tipo de cristianismo em que o “eu” continua intacto, no trono da sua vida. As mudanças são periféricas, não atingindo valores, estilo e o alvo de Deus para uma vida conformada à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Ele oferece satisfação pessoal como alvo principal da vida, “através de Cristo”. Cristãos buscam sucesso segundo o padrão deste mundo. Aqui podemos incluir a Teologia da Prosperidade e a Teologia dos “filhos do Rei”. Cristãos que buscam “sentir prazer” nas reuniões. O culto é medido de acordo com este tipo de sentimento. Se determinado grupo não lhes oferece mais aquele tipo de sentimento, muda-se. Não há nenhum tipo de compromisso com outros irmãos. O compromisso é consigo mesmo. Sucesso material como padrão de avaliação das bênçãos de Deus. Quanto mais rico, mais abençoado.”

Portanto, um cristianismo sem cruz, que vai ao encontro do egoísmo, da cobiça e da busca do poder e prazer pessoal, razão pela qual entendemos a advertência amorosa do apóstolo de Cristo, Paulo: “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; o destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre (ou “estômago”), e a glória deles está naquilo que é vergonhoso; visto que só se preocupam com as cousas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as cousas. Um cristianismo que dilui a mensagem bíblica do Evangelho e anuncia aquilo que é conveniente aos ouvintes, tal como em 2 Timóteo 4:1-5.

Com que finalidade buscamos a Jesus Cristo? “Para ser feliz”, como muitos respondem? Se assim é, logo o alvo continua sendo “eu” mesmo. Cristo vai ser apenas mais um mero instrumento da minha própria felicidade. Resultado: Não seremos felizes. Como diz o filósofo cristão inglês, C. S. Lewis, “se buscarmos a Cristo por causa da benção, perderemos ambos. Se busco a Cristo, porque Ele é o Senhor Deus e a Ele me entrego, ganho os dois”.
Autor desconhecido

terça-feira, 5 de outubro de 2010

SER AMIGO DE DEUS

A salvação do homem foi planejada, não para que este se tornasse um religioso, mas sim um amigo de Deus. Porque um religioso se limita a um relacionamento com Deus em seu templo e rituais, mas o amigo de Deus, tem consciência que ele é o templo de Deus, e seu relacionamento com Ele se estende por toda a sua vida. Quando estudamos a vida de Abrão, nós encontramos um processo crescente de seu relacionamento com Deus, por esta causa ele foi o único homem que por três vezes foi chamado “amigo de Deus” dentro da Bíblia (II Cr 20:7; Is 41:8; Tg 2:23). Este processo é descrito por quatro altares que foram erguidos por Abrão. O altar, era na época o meio de se comunicar com Deus, por ele se fazia o sacrifício e Deus manifestava a sua presença, desta forma Abrão quando queria se comunicar, ele erguia um altar e invocava o nome do Senhor. Hoje esse altar representa pra nós Jesus, que foi o sacrifício definitivo, e que abriu caminho para termos acesso ao coração do Pai, podemos invocar o nome do Senhor em qualquer lugar, a qualquer hora e assim podemos manter um relacionamento aberto e livre com o Senhor, e seremos seus amigos, isto graças a Jesus, nosso Senhor. Abrão ergueu quatro altares em sua vida: 1. Em Siquém, 2. Entre Betel e Ai, 3. Em Hebrom, 4. Em Berseba. Cada um representa um nível de relacionamento com Deus.

1. Siquém (Gn 12:6,7) – o primeiro nível de relacionamento, quando Deus pediu a ele para sair da sua terra, da sua parentela e ir para um lugar que Ele mostraria. Sair da terra, é o desligar-se deste mundo terreno, da parentela é ter como prioridade a família de Deus e ir para um lugar que ele mostraria, é o caminhar da fé. Este altar simboliza a renúncia daquele que inicia a caminhada com Jesus, e nega-se a si mesmo tomando a sua cruz para seguí-Lo.

2. Entre Betel e Aí (Gn 12:8 – 13:14) o segundo nível, foi quando ele ergueu um altar numa encruzilhada e só ouviu a Deus depois que ele se separou de Ló. Para ele decidir se ia a Betel ou a Ai, ele precisou se separar de Ló. Ló representa a contaminação do mundo, não vamos caminhar na intimidade com Deus se não nos separarmos de Ló, isto é, se não nos descontaminarmos deste mundo perverso, e só desta forma encontraremos direção para seguirmos rumo a Betel (casa de Deus).

3. Em Hebrom (Gn 13:18  até o capítulo 21) Esse foi um período longo da vida de Abrão, que representa o terceiro nível. Foi o altar de aliança, neste tempo Abrão, teve seu nome mudado para Abraão, recebeu a visita pessoal de Deus, recebeu detalhes do que Ele faria de sua vida, recebeu a revelação da circuncisão, passou a dar o dízimo, aprendeu a guerrear e abrir poços, aprendeu a interceder e muitas outras coisas sucederam. Porque este é o nível quando entramos em aliança com Deus, recebemos o caráter de Deus, temos mais intimidade com Deus, obtemos revelação dos propósitos de Deus, aprendemos a santidade, aprendemos a dizimar e confiar plenamente no Senhor, aprendemos a guerrear e a interceder, enfim são muitas as coisas que se experimenta quando se faz uma aliança com Deus.

4. Em Berseba (Gn 22:1-19) Foi o ultimo nível de altar na vida de Abraão, quando ele foi para o monte para sacrificar seu próprio filho, foi um teste muito desafiador na vida de Abraão, e ele foi aprovado com nota 10. O ultimo nível de nosso relacionamento com Deus, é justamente quando confiamos 100% em Deus, e estamos prontos para sermos testados por Ele, e o mais importante sermos aprovados, pois se até Hebrom nós aprendemos a confiar em Deus, em Berseba é Deus quem quer saber se pode confiar em nós. Quando o homem chega neste nível, é quando Deus pode confiar no homem e dizer: este é meu amigo.
        Pois este tem sido o grande desafio da minha vida, desde quando comecei a estudar a vida de Abraão. E através destes capítulos de Genesis 12 a 22, Deus tem me ensinado a caminhar em busca de uma amizade crescente e fiel para com Ele.  Este é um princípio que devemos ter em nossas vidas, nada como caminhar da maneira certa e com o objetivo certo: ser amigo de Deus. Eu tenho dito que o grande desafio não é apenas confiarmos em Deus, mas o maior desafio é de crescermos de maneira que Deus possa confiar em nós.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

UMA MENSAGEM AMIGA

“…porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação…tudo posso naquele que me fortalece.” (Fl 4:11,13)

A pessoa que escreveu estas palavras, passou por todo tipo de dificuldades, esteve em prisões, recebeu muitos açoites, passou perigos de morte, cinco vezes recebeu trinta e nove chicotadas, três vezes foi espancado com vara, uma vez foi apedrejado, sofreu três naufrágios, sofreu perigos em caminhadas, em rios, no mar, no deserto, com ladrões, com falsos amigos, passou muitas noites sem poder dormir, passou fome, sede, frio e nudez…e muito mais (II Co 11:23-28), no entanto disse que aprendeu a viver contente, independente da situação que estava vivenciando, porque dizia ele: “tudo posso naquele que me fortalece”.
Muitas vezes reclamamos por um simples atraso, ou por ter que esperar numa fila, ou porque o outro motorista é muito lento, ou ainda porque está quente ou frio e assim por diante…tudo isto porque nos falta a fé. Pois a fé é a plena confiança na palavra de Deus e em seu caráter. Quem escreveu as palavras acima, foi Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, que por intermédio de sua confiança em Jesus, podia passar por cima de qualquer circunstância.
Meu querido amigo, você também pode viver neste mesmo nível de fé e vitória sobre as dificuldades que o cercam, basta você depositar inteira confiança na Palavra de Deus, e não duvidar do caráter de Deus, que nos ama e garantiu para nós uma vida de vitória. A própria Bíblia diz: “…porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”
Você não nasceu para ser um perdedor, mas sim um vencedor, é tudo uma questão de decisão. Decida crer que Jesus é o Filho de Deus e entregue sua vida totalmente nas mãos dEle, Ele ressuscitou e está vivo e através dEle podemos vencer neste mundo. Vencer não significa que vamos mudar as circunstâncias num passe de mágica, mas significa que vamos dominá-las e independente delas viveremos contentes e otimistas, sabendo que por intermédio de nossa fé, “somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”, Jesus. Ele mesmo disse: “no mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”, o que Ele quis dizer é que se Ele venceu, nós com Ele também venceremos.
Faça agora esta oração: Senhor Deus, eu reconheço que sou um pecador, mas creio de todo o meu coração, que Jesus Cristo teu Filho, morreu na cruz por meus pecados, e que Ele ressuscitou e está vivo, e hoje confesso com minha boca que Ele é o Senhor de todas as coisas e da minha vida, pois eu entrego toda a minha vida, passado, presente e futuro nas tuas mãos, por isto em nome dEle eu creio, sou um vencedor, creio que todas a circunstâncias posso vencê-las em nome Jesus, amém!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

EU CRENTE? NUNCA!

Infelizmente vivemos num contexto histórico social, em que muitos termos, expressões, palavras, ditados, etc., perderam o seu valor original. Por exemplo, promessa não é mais dívida, pois vive-se prometendo mas pouco se vê cumprindo, desta mesma maneira muitos termos e expressões do cristianismo se perderam na história. O “crente” foi um deles, ser crente seria originalmente, a designação de uma pessoa autenticamente cristã, mas hoje esta palavra perdeu totalmente o seu sentido, por isto quando me perguntam se sou crente, minha resposta é rápida e de muita convicção: eu crente? Nunca!

O crente hoje, é um chato religioso, que no seu fanatismo doentio, vive tentando convencer todo mundo que ele é o dono da verdade, e seu “cristianismo” se resume a um estilo superficial de vida, pois ser crente não é nada mais do que se amoldar a uma doutrina religiosa, que infelizmente só se preocupa com uma mudança externa de costume e maneira religiosa de viver.

A Bíblia diz que os demônios também são crentes (Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem, e tremem. Tiago 2:19). O que o Senhor Jesus Cristo nos desafiou, foi de sermos discípulos dEle, aliás esta foi a primeira, mais importante e a mais acertada designação para os cristãos, pois até mesmo antes de existir a palavra cristão, já existia “os discípulos de Jesus”, foi justamente por serem discípulos de Jesus, que estes foram pela primeira vez chamados de cristãos. A Bíblia diz: “…Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos” (Atos 11:26).

Ser crente, é apenas um religioso a mais, mas ser discípulo de Jesus, é ser um servo fiel e obediente aos seus ensinamentos, principalmente o mandamento do amor, pois Ele disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35). O discípulo vive um novo estilo de vida, que não é simplesmente de um religioso superficial, mas flui do seu interior os rios de águas vivas. Ser crente, é aceitar Jesus como o nosso Salvador, mas ser um discípulo é reconhecer que Jesus é o Senhor de nossas vidas e não só aceitar, mas entregar totalmente nossas vidas 100% a Ele, e poder dizer como Paulo, apóstolo do Senhor Jesus Cristo: “…logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim…” (Gálatas 2:20).

Eu pergunto: onde estão os discípulos do Senhor Jesus Cristo? Por que será não se fala mais sobre isto? Por que tanta religiosidade e tão pouco autêntico cristianismo? Tanta doutrina e religião e tão pouco amor e vida? Tanto crente e quase nada de discípulos? A resposta é simples, ser crente é fácil, é apenas mudar de religião, mas ser discípulo é muito mais que isto, é mudar de vida. Crente, na verdade quase todo mundo é, pois até o demônio é, como já disse, para ser crente basta, acreditar, mas para ser um discípulo, Jesus disse: “…a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a sua vida por minha causa, esse a salvará” (Lucas 9:23-24). Por isto, poucos são discípulos, poucos querem se entregar totalmente, os templos estão cheios de crentes, porque todos querem ganhar a sua vida, se a mensagem da cruz for de fato pregada, será que os templos continuarão cheios?

Ser discípulo é ser servo, é esvaziar-se de si mesmo para servir. Hoje quando se vai ao templo na verdade, os crentes vão para serem servidos, e ali estão para exigir conforto, prosperidade, cura, e assim por diante. Querem ouvir a mensagem que lhes agrada, o pastor que lhes agrada, o ambiente que lhes agrada, o cântico que lhes agrada, enfim estão ali para serem servidos, e como a concorrência é grande, se não me agradar eu troco de igreja, aliás hoje se troca de igreja como se troca de marca de pasta de dente. Mas o discípulo não faz assim, ele se reúne para servir, ali ele estará para adorar o seu Senhor, para se entregar ao Senhor, com cânticos, louvores e gratidão; também para servir em amor aos seus irmãos, com um sorriso, um abraço, uma palavra de carinho; também para compartilhar dos seus bens materiais com o fim de

ajudar os que necessitam, pois afinal somos uma só família.

Tome hoje a sua decisão de ser um discípulo de Jesus, pois Ele é o Senhor, e Ele o chama para ser seu seguidor fiel. Não somos nada sem Ele, só Ele pode dar razão para vivermos, venha a Jesus hoje e entregue-se totalmente nas suas mãos. Ele morreu na cruz, por causa dos nossos pecados, mas foi ressuscitado e está vivo, e Ele é o Senhor dos Senhores, o Rei dos Reis, Ele disse: “…toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações…ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado…” (Mateus 28:18-19). A Palavra de Deus diz: “Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9).
Este é o desafio que Jesus nos dá, ser seu discípulo, e cumprirmos a vontade dEle, pois qual a vontade do Senhor, se não que todas as nações sejam seus discípulos. O discípulo não faz mais a sua vontade mas a vontade de seu Senhor, e se formos discípulos do Senhor Jesus, faremos a sua vontade, seremos e faremos discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar todas as cousas que Ele nos tem ordenado.

IGREJAS OU EMPRESAS?

Por muitos anos as igrejas evangélicas, apesar das divergências doutrinárias com outras igrejas cristãs, foram dignas de respeito pela idoneidade com que seus líderes trabalhavam, buscando divulgar o evangelho e atender as necessidades do ser humano no seio da sociedade, mas procurando ser um referencial de humildade, equilíbrio e sobretudo de espiritualidade para seus fieis, até que de uns 20 anos para cá, precisamente da década de 80 em diante, começaram a surgir as igrejas evangélicas neo-ortodoxas, numa tentativa de contextualização e maior eficiência na conquista de adeptos, só que infelizmente muitas delas na tentativa de ser uma nova forma de igreja, tornaram muito mais empresas do que igreja, o que tem causado repugnância e até mesmo escândalo para muitos. De repente, surgiu algo novo, o “mercado de almas” em função dos cifrões. Igrejas começaram a se preocupar demais com o dinheiro, afinal quanto mais almas, mais dinheiro e assim houve uma grande inversão de valores. Surgiram os “apóstolos do século XXI”, só que ao invés de serem “considerados lixo do mundo e escória de todos”, como afirmou ser o apóstolo São Paulo, estes agora já são como “deuses no mundo e exploradores de todos”. Pois têm a coragem de em nome de Deus, estarem em busca de riqueza e posição. Ostentam mansões caríssimas, se vestem das melhores grifes, locomovem-se com os importados mais caros, enquanto muitos dos seus fiéis não tem às vezes nem o que comer e vestir, mas insistem em pregar sobre a tal da “teologia da prosperidade”, iludindo a multidão que acha que um dia todos estarão como estão os seus “bispos”. Estas igrejas empresariais, na sua maioria, não prestam contas de suas finanças, e o “povo crente” na sua ingenuidade e simplicidade confiam, de que estão sendo honestos e fazendo uso devido de seus dízimos e ofertas. Os “apóstolos e bispos” vivem correndo atrás do que eles chamam, os tubarões, pois se Jesus ensinou seus apóstolos a serem pescadores de homens, estes querem ser pescadores, mas só de tubarões, são os homens de grande poder aquisitivo, empresários, artistas, jogadores de futebol, e por aí vai uma lista interminável daqueles que poderão ao se “converterem” trazer um “gordo rendimento” para o orçamento da empresa eclesiástica. E o que é pior, quando na sua sinceridade estes homens se filiam a estas igrejas, quase sempre têm seus dízimos e ofertas manipulados pelos “poderosos” da igreja, que determinam onde e como estes deverão ser empregados. Tudo nestas igrejas, gira em torno de dinheiro, pois o sucesso de qualquer programação ou mesmo de projetos missionários é medido pelo retorno financeiro. Por exemplo, no passado os americanos investiram no Brasil, enviando seus missionários, construindo templos, escolas e até faculdades no Brasil, na expectativa de que tivessem um retorno de almas, isto é, pessoas que se convertessem e se tornassem membros de suas denominações; já estas igrejas de hoje, fazem ao contrário, enviam missionários para o meio dos próprios americanos, isto é, igrejas brasileiras que se organizam nos Estados Unidos, com expectativa de que tenha uma rentabilidade financeira grande, afinal o dólar é uma moeda muito forte. Só na Flórida, sul dos Estados Unidos, há mais de cem pastores brasileiros e de várias denominações evangélicas diferentes, implantando igrejas entre os brasileiros ali residentes, este número se multiplica por todo os Estados Unidos. Não seria mera coincidência, que justamente ali, se aglomere tantos missionários brasileiros, sendo que existe dezenas e dezenas de outras nações muito mais necessitadas de auxílio missionário? Existe ainda uma quantidade enorme de pastores que têm se retirado destas igrejas, indignados por verem tanta injustiça social dentro da própria igreja, estes saem machucados e rejeitados por discordarem de um sistema tão absurdo e corrupto. Há dentro destas igrejas, muita injustiça salarial, pois os pastores são pagos e tratados como funcionários de uma empresa, se trouxerem um lucro maior para o “caixa central”, serão recompensados como abonos e comissões, mas se o trabalho destes não render financeiramente, são mal remunerados e abandonados, com a responsabilidade de “milagrosamente” sobreviverem. Como a igreja visa dinheiro, não importa os métodos empregados, estas fazem uso de todo tipo de recursos para atingirem seu objetivo, por isto apelam muito para o sensacionalismo e assim “os fins justificam os meios” é o lema deles. Tudo isto, e muito mais tem denegrido a imagem da igreja evangélica nos nossos dias, sem dúvida a igreja precisava acordar da sua apatia e falta de contextualização, mas infelizmente tem faltado equilíbrio, nesta nova postura assumida por muitos nos nossos dias. Cabe a cada um tomar muito cuidado, e confiar desconfiando, afinal não é porque tem um nome bonito, uma fachada bonita, uma mensagem bonita, e muita coisa bonita, signifique que realmente está tudo bonito, lembramos as palavras do próprio Senhor Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia”.

VERDADE BÍBLICAS SOBRE MARIA

O propósito desta matéria, não é jamais denegrir a imagem abençoada desta mulher escolhida por Deus para gerar o seu filho Jesus, mas sim para esclarecer biblicamente que jamais Maria ocupou a posição que a Igreja Católica Apostólica Romana lhe deu.
Segundo a tradição católica:
1. Maria permaneceu virgem;
2. Foi assunta aos céus;
3. Possui o poder de intercessão junto à Jesus;
4. E ainda é digna de ser venerada.
Estas quatro afirmações são totalmente anti-bíblicas, e invenções demoníacas que tem desviado os homens da verdade e conduzido milhares à idolatria, que é um grave pecado condenado por Deus, nosso Pai.
O que temos sobre Maria no Novo Testamento, não é muito, na verdade se limita praticamente à quatro pequenas partes, que é claro, algumas destas são repetidas dentro dos evangelhos, estas são:
1. Durante a narrativa do nascimento de Jesus, que é a mais importante e um pouco mais detalhada;
2. Durante o ministério de Jesus, encontramos apenas duas menções, uma no milagre das bodas em Caná da Galiléia e outra em que ela procura Jesus na multidão, junto com seus outros filhos;
3. Durante o período de morte e ressurreição de Jesus;
4. Por último, Maria é mencionada pela última vez, participando de uma reunião de oração antes do pentecostes.
Tendo em vista que os evangelhos narram na sua maioria, um período de três anos do ministério de Jesus, percebemos que Maria não teve importância nenhuma neste período, a não ser como já citado, no nascimento de Jesus. Nas demais partes ela aparece como uma pessoa totalmente normal, sem nenhuma atuação de relevo. Se ela fosse uma pessoa com todos os atributos que o catolicismo lhe dá, sem dúvida alguma, ela teria tido mais presença nos evangelhos, mas em meio aos idólatras, é bem provável que venham dizer que este fato seja devido à sua humildade. O mais estranho ainda, é o fato de se mencionar Maria apenas uma vez no livro de Atos, como alguém que estava presente na reunião de oração antes do pentecostes (Atos 1.14), e nunca mais aparece nem sequer uma citação sobre Maria, seja em Atos ou em qualquer outra parte do Novo Testamento.
No Novo Testamento, além dos evangelhos, que narram sobre a vida de Jesus, encontramos no livro histórico de Atos dos Apóstolos, que como já mencionamos tem apenas uma citação de Maria, sem importância alguma; em seguida, vem as vinte e uma cartas, de autoria de vários escritores diferentes, estas possuem um conteúdo na sua maioria doutrinário, e, no entanto, jamais se menciona qualquer coisa sobre Maria. Será que se Maria fosse tudo o que afirmam os católicos romanos, não ocuparia esta, pelo menos algumas linhas deste importante conteúdo doutrinário da igreja do primeiro século? Depois resta apenas o livro de Apocalipse, de autoria de João, possuindo um conteúdo totalmente profético e sem mencionar nada também sobre Maria. Embora não seja a intenção de nossa matéria argumentar fora do conteúdo bíblico, é interessante notar que mesmo dentro dos escritos apócrifos, e ainda nos escritos dos pais da igreja, à partir do segundo século, também permanece um silêncio à respeito de Maria. Assim sendo, reafirmamos, que dentro da Bíblia, jamais se encontrará argumento para defender as quatro afirmações da tradição católica sobre Maria, pelo contrário, no que lemos dela, se apresenta como uma mulher comum que teve mais filhos, além de Jesus, nunca foi assunta aos céus, jamais ocupou lugar de intercessora e nem mesmo foi venerada por alguém.
Analisemos agora cada ponto mais detalhadamente.
1. Primeiro, a questão da virgindade de Maria. Segundo a Bíblia, aprendemos que Maria foi virgem até o nascimento de Jesus. Em Mateus 1.25, lemos que José não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho. Este termo, enquanto, fica claro que José não teve relação com Maria até que ela tivesse o filho, depois ele passou a se relacionar com Maria de forma normal e sadia, mesmo porque o sexo dentro do casamento é uma grande benção de Deus, e a perda da virgindade jamais seria um pecado na vida de Maria, sendo que ela foi desposada por José. O que seria sim, o cúmulo do absurdo, é José viver com Maria, sem jamais possuí-la sexualmente, seria totalmente antiético, anti-social e doentio, duas pessoas normais, jovens, casarem-se e permanecerem virgens. Se assim fosse não haveria necessidade de um casamento. O outro argumento que encontramos à respeito, é que Jesus foi procurado por Maria, certa vez, acompanhada de seus irmãos e irmãs (Mt 12.46-50, Mc 3.31-35, Lc 8.19-21). Os católicos se defendem dizendo que o termo usado para irmãos poderia se referir aos parentes de Jesus, mas para tal existe outra palavra grega que significa parente. Por exemplo, em Mc 6.4, Lc 2.44 e Rm 16.11, encontramos nestes versículos a palavra grega para parentes, que é diferente da outra palavra citada. Há ainda outras passagens em que Maria e seus irmãos são citados para identificar a Jesus (Mt 13.55 e Mc 6.3). Mais uma vez é mencionada Sua mãe e Seus irmãos, e é usada também a mesma palavra grega, que significa irmãos e não parentes. Encontramos também, duas citações de João (Jo 2.12 e 7.3-5,10), quando novamente é citada Maria e seus irmãos, usando também o mesmo termo bíblico que se refere a irmão. E a última passagem que cita Maria e seus irmãos em Atos 1.14, também se repete o mesmo termo grego. Fica aqui a pergunta sem resposta: Se existe a palavra grega “parente”, usada em outros versículos bíblicos, por que será que esta não foi usada nas passagens que se referia aos “parentes” de Jesus?

2. Em segundo lugar, vamos analisar a questão da divindade de Maria. Seria ela a mãe de Deus, ou apenas a mãe de Jesus? Maria nunca na Bíblia foi mencionada como a mãe de Deus, e sim como a mãe de Jesus, o que é bem diferente. Jesus foi a encarnação do Filho de Deus, Ele foi um Deus-homem, Sua parte que era Deus, sempre existiu, como Deus, Jesus é o eterno Filho de Deus, enquanto isto, nunca existiu Maria, pois ela foi somente uma mulher que veio a existir na época da encarnação de Jesus, assim sendo por apenas 30 anos ela foi a mãe de Jesus como homem e não como Deus, pois como Deus, ele foi eternamente o Filho de Deus, a segunda pessoa da santíssima trindade, e como homem ele foi 30 anos Filho de Maria, eu digo 30 anos, porque à partir do momento em que Ele iniciou seu ministério, Ele deixou de tê-la como mãe, por isto não a tratava como tal, ele apenas dizia: Mulher. Assim foi nas bodas de Caná, quando disse: “Mulher, que tenho eu contigo, ainda não é chegada a minha hora”. E assim foi também pouco antes de morrer, quando disse: “Mulher, eis aí o teu filho”, sabendo do sofrimento de Maria com sua morte, e sendo João, o discípulo amado, o mais íntimo e chegado a Jesus, deixa este como que um substituto para tomar seu lugar de filho, como conforto para Maria, mesmo porque, provavelmente Maria já era viúva, e seus outros filhos ainda eram incrédulos à respeito de Jesus. Não há sequer um sinal de divindade em Maria, e ele nunca foi mãe de Deus, mesmo porque Deus não tem mãe, apenas Jesus como homem precisou de uma mãe para nascer e ser criado como tal. Em Lucas 11.27-28, lemos o seguinte: …”certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que amamentaste. Mas Ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam.” Note que Jesus não deu destaque nenhum à Maria, pelo contrário, deixou bem claro que a bem-aventurança não está no fato de ela ter dado à luz, e sim no fato de ela ter ouvido a palavra de Deus e tê-la observado. Maria foi bem-aventurada, porque ouviu a Palavra de Deus e a obedeceu, como serva. Foi ela uma mulher abençoada por ser uma serva obediente a Deus, que cuidou de seu Salvador, pois Jesus, por um lado como homem, foi seu filho por 30 anos, mas como Deus foi também o seu Salvador, tanto é que no cântico de Maria ela diz: “…e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47) Deus também é o salvador de Maria, pois ela também foi concebida em pecado, como qualquer outro ser humano, o único que foi concebido sem pecado foi Jesus, porque já era Deus, e Deus é o único santo e sem pecado. Maria também precisou se converter, isto é, crer em Jesus como o seu Salvador, ela morreu e como uma cristã está na presença de Deus aguardando o dia da ressurreição, como todos os demais cristãos que já partiram, não existe exceção quanto à este detalhe, somente um foi morto, ressuscitou e foi levado em corpo incorruptível para o céu e este é Jesus, o Filho de Deus. Quando Jesus foi procurado por sua mãe e irmãos, segundo os textos que já foram citados anteriormente, a resposta dele foi: “Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam.” (Lc 8.21) Ele disse isto, justamente porque não se considerava mais filho de Maria e nem irmão de seus irmãos, e sim falava como o Deus encarnado que não possui vínculos familiares, mas sim vínculos espirituais com aqueles que ouvem e obedecem a palavra de Deus-Pai.

3. A terceira questão, diz respeito à obra intercessora de Maria. Teria ela poder para interceder por alguém? A Palavra de Deus é muito clara neste assunto, pois para tal foi usada a expressão “um só”. E é até constrangedor, termos que ensinar o significado de uma expressão que até mesmo uma criança pode entender que “um só”, significa que existe apenas um, que é exclusivo, singular, não há nenhum outro. O texto bíblico diz: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Tm 2.5) Se a Bíblia diz que entre Deus e os homens só há um mediador, é porque não existe mais nenhum. Essa conversa de que vamos à “mamãe” que ela nos leva ao “filho”, é realmente um grande erro bíblico e teológico. Esse “Jesus” que precisa da “mamãe” é muito humano e fraquinho, o Jesus da Bíblia, é o Filho de Deus que venceu a morte, o inferno, o diabo e tudo mais, Ele é Forte e Poderoso e jamais precisa da “mamãe”. Ele necessitou um dia de uma mãe sim, apenas para cumprir o propósito de Deus, se encarnar e viver entre nós como Deus-homem, e só assim poderia morrer na cruz e nos resgatar do pecado, da morte e do inferno. Mas hoje, Ele está exaltado à destra do Pai, é o Rei dos reis, e Senhor dos senhores, e reina para sempre, possuindo todo o poder na terra e nos céus, e se temos acesso direto a Ele, porque precisaríamos recorrer à uma mulher que já não é mais sua mãe, a não ser uma serva dEle como todos os demais. Aliás, aproveitando, é bom sabermos que segundo a Bíblia, não só Maria, mas qualquer outro ser humano morto, não pode fazer nada por ninguém, o único que tem poder para fazer algo por alguém, segundo a Palavra de Deus, é Jesus, porque Ele é o Senhor. A doutrina da intercessão de Maria, bem como de todos os demais santos, criados pela igreja católica, não tem base bíblica alguma, não existe um versículo sequer que possa respaldar tal ensino. Pelo contrário, é um ensino, que possui suas origens nas antigas religiões pagãs. Nem o judaísmo, berço do cristianismo, e nem o cristianismo jamais ensinaram tal doutrina.

4. Depois de todos os pontos anteriores, seria possível que Maria, fosse digna de veneração? Como podemos venerar uma mulher, que foi como qualquer outra. Morreu como qualquer outra, precisou de Jesus como qualquer outra, está na presença de Deus como qualquer outra, por que poderíamos venerar esta mulher? Ela é sim, como muitos outros servos de Deus, citados na Bíblia sagrada, digna do nosso respeito, digna de ser imitada, digna de ser lembrada, pois foi um modelo de mulher abençoada, humilde, servidora e obediente a Deus, que nos deixou um exemplo a ser seguido como mulher de Deus. Foi uma esposa e mãe fiel, e, sobretudo uma serva fiel a Deus. Mas, contudo, o que ela foi e fez, não pode ser venerada ou adorada, pois só um merece veneração e adoração, e este é Deus, seja o Pai, o Filho ou o Espírito Santo. A santíssima trindade é única digna de adoração. Este ensino é muito claro dentro da Palavra de Deus. E é neste ponto que o pecado sobre Maria se agrava mais, pois qualquer outro que for venerado, segundo a Bíblia, é idolatria. A Palavra de Deus diz: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto. (Mt 4.10) Mais uma vez, encontramos a palavra “só”, significando que mais ninguém deve ser cultuado, somente Deus. Mas os católicos cultuam Maria e muitos outros santos, por isso são considerados perante a Bíblia, idólatras. A idolatria é um pecado severamente condenado nas Escrituras, ele se dá justamente, quando se coloca em posição digna de culto, outro que não seja Deus. Não é só a questão da criação de imagens, isto também, mas o pior mesmo é prestar culto e veneração a estes personagens bíblicos, que foram homens e mulheres de Deus, mas que jamais tiveram uma posição diferente dos demais no que diz respeito a receber algum tipo de culto ou poder, para atender as pessoas que as buscam em oração.

Conclusão: gostaria de desafiar você a seguir o exemplo de Maria, sendo humilde suficiente para reconhecer que Jesus é o nosso Senhor e Salvador, o único digno de adoração e louvor, e ser obediente à Deus e Sua palavra, pois foi o que Maria fez, e este é o maior exemplo que ela nos deixou. Tornou-se uma mulher abençoada, não porque foi mãe de Jesus, porque no Reino de Deus não é posição que nos garante salvação, mas sim ouvir e obedecer a Palavra de Deus, ouso dizer que se Maria, ainda que fosse mãe de Jesus, se não ouvisse o obedecesse a Palavra de Deus não seria salva e bem-aventurada, se foi, é porque pela graça de Deus, sem mérito algum pessoal, ela também na sua humildade, reconheceu um dia em seu próprio ventre, que carregava o Filho de Deus, o seu próprio Senhor e Salvador. Um dia perante o juízo de Deus esta mulher se apresentará, como todos os seres humanos, e o que dará à ela, o privilégio de entrar no gozo eterno de Deus, será não dizendo: aqui estou eu Maria, a mãe de Jesus, meu Filho; e sim: aqui estou eu Maria, a serva de Jesus, meu Senhor e Salvador.

O SILÊNCIO DE DEUS

Abraão é um personagem importantíssimo dentro do ensino da Bíblia, foi chamado amigo de Deus por três vezes e também tem sido intitulado como o pai da fé pelos comentaristas bíblicos, pois foi através dele que se consumou o plano de Deus de levantar a nação de Israel, e através desta, enviar Jesus como o nosso Senhor e Salvador. Em Gn 12 narra o chamado de Abraão, e o texto nos mostra que ele saiu de sua terra e parentela para caminhar pela fé, em direção à uma terra que não tinha nome nem mesmo sabia onde era, pois o Senhor disse: para uma terra que eu te mostrarei. Naquele tempo toda comunicação com Deus, exigia que se erguesse um altar de sacrifício, que simbolizava o altar definitivo que um dia iria se erguer no calvário, o sacrifício de Jesus. Por isto, Abraão ergueu vários altares, era o lugar de comunicação com Deus. Em Gn 12.8, porque Abraão chega numa encruzilhada, entre dois extremos, ocidente e oriente, entre Betel e Ai, ele ergue um altar, invoca o Senhor, pois ele queria uma direção para continuar sua caminhada, mas o que aconteceu e que deve ter sido uma surpresa desagradável para Abraão, é que Deus ficou em total silêncio, simplesmente não disse nada. Abraão desta forma estava perplexo, sem saber o que fazer, o que levou ele a partir para dois atalhos: Neguebe e Egito (Gn 12.9-10). No primeiro atalho, havia fome, a situação foi mais desagradável ainda, e no segundo houve uma aparente solução, mas no final foi obrigado a deixar aquele lugar (Gn 12.19-20). A perplexidade é uma das experiências dentro da vida cristã, quando nos deparamos com o silêncio de Deus, e quase sempre, temos a mesma tendência de Abraão, procurar atalhos, o que na verdade só vai dar em frustração, pois não é esta a vontade de Deus. Os atalhos constituem em fugas para quem se encontra perplexo, sem saber o que fazer. Eu vivi isto intensamente, quando ainda jovem, e com alguns poucos anos de conversão, tinha algumas metas pessoais, mas ignorava que estas não estivessem dentro do plano de Deus. Nesse tempo morei em S.Paulo, estudando publicidade, mas não sentia paz, e eram muitas as lutas naquele lugar, morava num pensionato, que era um verdadeiro prostíbulo, onde na parte de baixo moravam os homens, e na de cima as mulheres, e lá estava eu no meio daquele terrível ambiente, e olha que era um quarteirão da Av. Paulista, em SP, parte nobre da grande capital. Eu não sentia paz em tudo o que estava acontecendo, eu buscava, orava, jejuava e clamava a Deus, mas nada, parecia que estava surdo, eu estava numa situação semelhante a de Abraão, Deus permanecia em silêncio enquanto eu o invocava. Tenho que confessar que andei até por uns atalhos, eu era novo, inexperiente, não tinha orientação, não freqüentava uma boa igreja, estava meio sozinho naquela confusão, e infelizmente apelei para alguns atalhos em busca de resposta, mas do mesmo modo, foi frustrante e tive que humildemente retornar ao meu clamor diante de Deus, e foi justamente o que aconteceu com Abraão, o texto de Gn 13.1-4, mostra que ele retornou até aquele altar que havia construído, e novamente invoca o Senhor, só que a perplexidade continua, porque Deus também continuava em silêncio. Há uma passagem de II Co 4.8, quando Paulo diz que muitas vezes ficamos perplexos, porém não desanimados, e o mais importante diante da perplexidade no silêncio de Deus, é não desanimarmos, ou usando uma outra palavra mais forte, não desistirmos. Leia este texto por completo (II Co 4.8-18), observe nas palavras de Paulo, um homem pronto para tudo, sabendo que para que Jesus viva em nós, precisamos morrer para nós mesmos, é o que devemos fazer na perplexidade, morrer para nossos sentimentos e desejos, para que possamos alcançar o coração de Deus e sua vontade que é a melhor para nossas vidas. Veja o que aconteceu com Abraão, na seqüência dos fatos, ele parte para uma nova experiência de crescimento. No silêncio de Deus, ele deve ter refletido muito, e algumas coisas começaram a acontecer, que levaram Abraão a uma decisão importante. Primeiro ele deve ter percebido o seu erro de ter trazido consigo um sobrinho complicado, Ló, com seus empregados complicados, pois a Bíblia menciona da impossibilidade de viverem juntos e das contendas entre os seus pastores com os de Ló (Gn 13.6-8). Deus já havia dito para sair de sua parentela, ele não devia trazer este sobrinho com ele, e agora ele toma a decisão radical de se separar de Ló, estava determinado em andar em direção totalmente oposta a dele (Gn 13.9). Nesta decisão há grandes ensinamentos para nossas vidas em meio às perplexidades:

1. A fé que nos leva a separar daqueles que podem prejudicar nossa caminhada, é claro que hoje entendemos que esta separação é espiritual, podemos até nos relacionar com todos, mas é impossível compartilhar a vida com todos, pois não há comunhão da luz com as trevas, o primeiro motivo do silêncio de Deus, é justamente porque Ele nos quer inteiramente para si, a Bíblia diz que ele nos possui com ciúmes (Tg 4.4-6), ser cristão é como estar casado com Deus, o nosso amor para com Ele é prioridade, nada deve ser mais importante para nós do que Deus, Ele deve ser a paixão principal de nossas vidas, fico feliz por hoje Ele estar levantando uma igreja apaixonada por ele, pronta a tudo por ele, um povo que busca o abençoador, antes das bênçãos.

2. A fé que nos dispõe para a renúncia, pois com todos os direitos que Abraão tinha, sendo o chefe da caravana, sendo o mais velho, sendo o tio, ele entrega todos os seus direitos e concede a Ló o direito de decidir para onde ir, e assim ele iria na direção oposta, fico impressionado de ver a sabedoria de Abraão.

3. A fé de caminhar sem se preocupar com o que os olhos vêm, pois ter fé, é andar pelo que cremos e não pelo que vemos.

4. A fé de caminhar superando os sentimentos, pois imagine o lado emocional desta situação toda que ele estava vivendo, mas a fé é também caminhar pelo que cremos e não pelo que sentimos.

5. A fé de tomar a iniciativa, pois ter fé não é algo somente passivo, de esperar tudo acontecer, mas há coisas que devemos fazer, e Abraão tomou a iniciativa dizendo: não haja contenda entre mim e ti...(vers.8), uma decisão precisava ser tomada, e esta era a separação de seu sobrinho.

6. A fé de não guardar amargura e ressentimentos pelas diferenças de relacionamentos, pois mais pra frente vamos encontrar Abraão lutando a favor de seu sobrinho, até mesmo entrou numa guerra a favor de Ló, e ainda mais pra frente, Abraão intercede por Ló, quando soube que Sodoma e Gomorra seriam destruídas; porque apesar de tudo, Abraão nunca deixou de amar seu sobrinho e de se preocupar por ele.

Depois de tudo isto, é fantástico o que aconteceu e o texto é bem claro: “Disse o Senhor a Abraão, depois que Ló se separou dele...” (Gn 13.14). O silêncio de Deus é quebrado depois desta decisão de Abraão, Deus queria vê-lo tomando uma decisão pela fé, pois muitas coisas estavam envolvidas nesta decisão, e agora Deus diz o quanto ele estava no caminho certo e podia continuar a sua caminhada de fé. Quando vivi aquela experiência em S.Paulo, também vivi um momento como este de Abraão, foi em meio aquela minha luta pessoal em S.P. que resolvi pra valer entregar de vez minha vida nas mãos de Deus, inclusive abrir mão de todos os meus desejos, não foi fácil naqueles dias fazer isto, pois eu tinha vários planos, e estes não combinavam com os de Deus, mas quando chorando, e com muita dor eu me decidi, Deus falou comigo pela primeira vez de forma muito clara. Eu estava dentro de um ônibus em S.Paulo, quando se apresentou para mim como um gigantesco Deus, me tomando nos braços como uma pequena criança e dizendo: Daniel, meu filho, eu o amo muito, e tenho coisas melhores para você, apenas confie em mim. Recordo-me disto como se fosse hoje, e meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar daquela cena maravilhosa que ocorreu em minha vida. Eu queria pular de alegria, gritar, eu chorava emocionado dentro daquele ônibus e quando ele parou no ponto, eu desci jubilante e cantava altamente pelas calçadas da Av. Paulista, louvores ao meu grande Deus que tinha me visitado naquele ônibus. À partir daquele dia foram grandes as mudanças na minha vida, deixei para trás os meus sonhos, para viver os sonhos de Deus, que tenho certeza foi muito melhor, pois a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita para com os seus filhos. Minha oração, é para que você entenda também a importância de passar pelas perplexidades, mas jamais desistir de amar e servir ao Senhor, pois Ele nos ama muito, tem o melhor para nós e jamais nos abandonará, Aleluia!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SEJA COMO JESUS, USE A INTELIGÊNCIA

“Certa vez, quando a multidão apertava Jesus para ouvir a palavra de Deus, ele estava junto ao lago de Genezaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores haviam descido deles, e estavam lavando as redes. Entrando ele num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, sentando-se, ensinava do barco as multidões” (Lc 5.1-3).
Esta foi uma como muitas outras situações que viveu Jesus, em que Ele fez uso de sua inteligência para solucionar algum problema. Aqui ele se encontrava com um problema que era a multidão que o apertava e dificultava que Ele lhes ensinasse a palavra de Deus. Jesus como filho de Deus poderia ter solucionado este problema usando seus poderes sobrenaturais, mas jamais Jesus teve esta atitude, a solução do problema veio com o uso de sua inteligência, subiu no barco e afastou-se da multidão, fazendo do mesmo como uma plataforma para dali poder se dirigir a todos os seus ensinamentos.
Eu fico imaginando o quanto deixamos de solucionar problemas por não reconhecermos a inteligência que Deus nos deu, e muitas vezes passamos a suplicar milagres de Deus, quando na verdade o que tem faltado é iniciativa humana de usar nosso raciocínio em busca de resposta as dificuldades que enfrentamos. E como um aluno que não estuda para a prova e quando se submete a mesma, pede um milagre de Deus para que consiga ser bem sucedido na mesma.
Tenho aprendido pela palavra de Deus, que Deus opera um milagre também quando os recursos humanos se esgotam. Por exemplo, quando Jesus operou o milagre de transformar a água em vinho, Ele entrou em ação quando o vinho se acabara. Temos que esgotar todos os nossos recursos naturais, termos iniciativa de aplicarmos toda a nossa inteligência a favor de solucionar dificuldades e problemas que encontramos, antes de esperarmos um milagre de Deus. Não estou negando que Deus não possa operar um milagre até antes de se esgotar os recursos que temos, Ele é poderoso e soberano para fazer o que bem entender, mas o que quero afirmar é que jamais devemos ser encontrados por Deus como omissos e negligentes em termos iniciativas humanas para que os milagres também venham. E muitas vezes os problemas serão solucionados de maneira natural com o uso de recursos humanos e naturais.
Muitos vivem o cristianismo como se possuíssem uma varinha mágica para resolver qualquer situação e acabam caindo no comodismo e omissão, porque para todas as coisas se espera um “milagre” de Deus. Veja como Davi quando fugia de Saul e esteve em Gate diante do rei Áquis, ao perceber que o reconheceram como um grande inimigo, ele não esperou um milagre de Deus, mas teve iniciativa de fingir de doido, se esperneando e espumando como um louco, e o rei o expulsou da sua presença e assim ele se safou de uma circunstância que poderia lhe ter custado sua própria vida.
Gostaria de incentivá-lo a acreditar mais na inteligência que Deus lhe deu, e claro, nunca deixar de buscá-lo em oração, submetendo a ele todas as circunstâncias da sua vida, mas também nunca deixar de ter as iniciativas necessárias para esgotar todos os recursos disponíveis para resolver seus problemas pessoais. Muitas vezes é apenas uma pequena conversa com o cônjuge, outras vezes pode ser apenas um telefonema a ser feito ou quem sabe estudar mais um pouco, pode ser que tenha que fazer mais e falar menos, ou quem sabe renunciar alguma atividade para investir mais seu tempo em outra coisa ou talvez você tenha que dar uma de “doido” como Davi, mas uma coisa é certa, muita coisa podemos fazer para provar para Deus o quanto confiamos na capacidade que também Ele nos deu.
Enfim, devemos estar prontos para servir a Deus de qualquer maneira, com ou sem milagres, pois Paulo pediu três vezes para que o Senhor lhe removesse um espinho na carne, que não sabemos exatamente o que era, e por fim acabou convivendo com ele quando obteve a resposta de Deus que disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte” (II Co 12.9-10).

JESUS CRISTO É O SENHOR

Na Bíblia encontramos a palavra Senhor, referindo-se a Jesus, mais de 600 vezes, e apenas 24 vezes a palavra Salvador. Também encontramos apenas 2 vezes a palavra crente, referindo-se aos cristãos e mais de 200 vezes a palavra discípulo com o mesmo fim. Assim sendo, descrevermos o cristão biblicamente, como aquele que reconhece que Jesus Cristo é o Senhor e se torna seu discípulo.
A palavra Salvador, mostra Jesus como aquele que tem o poder para socorrer, perdoando, curando e satisfazendo as necessidades humanas. Mas a palavra Senhor, mostra Jesus como aquele que tem autoridade sobre todas as coisas. Desta forma quando alguém reconhece Jesus apenas como Salvador, sua ênfase será buscar em Jesus a satisfação de todas as suas necessidades, o que será uma atitude bastante egocêntrica e unilateral, pois seu interesse é somente suas necessidades, seu conforto e bem estar social e espiritual. No entanto alguém que reconhece Jesus como seu Senhor, sua ênfase será buscar em Jesus o completo domínio de sua vida, e esta será uma atitude de humildade e bilateral, pois seu interesse é buscar o propósito de Jesus para a sua vida.
Quando alguém busca o Senhor apenas para uma satisfação pessoal, está na verdade se colocando no lugar do Senhor. Isto é tão verdade, que muitas pessoas chegam a ponto de fazer chantagem com Deus, para alcançarem algum benefício dEle.
Jesus é o Senhor, e nós somos seus servos, por isto a bíblia diz: “porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus”. E isto implica, que como cristão nos submetemos ao senhorio de Jesus, e que seremos beneficiados por nos tornarmos seus servos, pois Ele é também o nosso Salvador, mas sobretudo Ele é o nosso Senhor.
Deus não nos tem chamado somente para sermos beneficiários de um plano de saúde e de vida eterna, Ele tem um propósito muito mais amplo que isto. Ele é o Senhor, e tem nos chamado para a implantação do Seu Reino aqui na terra. Os benefícios são apenas uma parte muito pequena de todo este plano, a Bíblia diz que Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos. Por isto, vemos uma comunidade cristã tão superficial, infantil, egocêntrica e pobre nos nossos dias, porque vivem em torno de si mesmos e de seus interesses particulares, enquanto Deus quer levantar uma sociedade, que é o seu Reino, para se viver em torno de Seu Filho e de Seus interesses, que é um Reino de paz, justiça e alegria no Espirito Santo.

TRES INIMIGOS DO CRISTÃO NA MODERNIDADE

Quando nos deparamos com o mundo moderno em relação ao cristianismo, encontramos três inimigos que são muito perigosos, mesmo porque se infiltram no meio cristão de maneira bem disfarçada e astuciosamente.

I. CONSUMISMO – devido o assédio da propaganda, que bombardeia nossas vidas de forma tão intensa, e a maneira como o mercado trabalha para convencer o maior número possível de clientes a comprar e possuir materialmente, a sociedade torna-se cada vez mais materialista e consumista como nunca houve em toda a história da humanidade. Hoje o número de pessoas em dívidas e compromissos financeiros além de suas possibilidades, atinge uma porcentagem elevadíssima. O consumismo está ligado a dois pecados citados na Bíblia, que é a avareza e a cobiça. O primeiro é o amor ao dinheiro, pois com este podemos adquirir tudo o que nossos olhos desejam, o segundo é justamente tudo aquilo que nossos olhos desejam e tomam conta de nosso coração. E como precisamos de dinheiro para consumir, nos entregamos de corpo de alma ao trabalho, sem tempo para mais nada na vida, e não é para sobreviver e sim para comprar, comprar e comprar. A avareza e a cobiça também são formas de egoísmo, que é outro pecado, quando vivemos para satisfazer o nosso ego. De repente a igreja cristã, influenciada por esta corrente, começa a oferecer “as bênçãos” como no comércio secular, quem paga melhor recebe mais “bênçãos”, e entra na mídia falando do “evangelho mercadoria” que satisfaz o homem com todos os seus desejos, é terrível. Eu posso até julgar mal, mas no meu entender hoje, a maioria dentro das igrejas não está em busca de Deus e sim das “bênçãos” de Deus. Há um tipo de “consumismo material dentro das igrejas”, e também hoje existe um povo muito egoísta dentro das igrejas, buscando só satisfazer seus desejos pessoais e não o desejo de Deus, ser cristão é servir e não ser servido, mas o que está acontecendo é justamente ao contrário. Temos que tomar cuidado, pois a Bíblia diz que não devemos nos conformar com este século, e sim nos transformarmos pela renovação da nossa mente. Também diz para não amarmos o mundo e tudo o que há no mundo, o que temos a nossa disposição no mundo moderno, não é um mal em si, pelo contrário é até muito bom, mas o amor a tudo isto e o dar lugar a concupiscência dos olhos é que é o problema. Devemos consumir sem nos consumirmos espiritualmente.

II. IMEDIATISMO – outro problema grave para a igreja, é a influência do imediatismo, pois o mundo moderno, facilitou muito a vida do homem, tudo ficou bem mais fácil, rápido e cômodo, e de repente espiritualmente as pessoas querem também as realidades espirituais da mesma forma, o que na verdade não acontece. Pois no que diz respeito a vida cristã, precisamos ter fé, paciência, renúncia e esperarmos o tempo de Deus para obtermos suas bênçãos. Mas as pessoas insistem em ter tudo fácil, rápido e cômodo. Se pregamos a cruz, a renúncia, a perseverança corremos o risco de ficarmos quase que sozinhos no púlpito. As pessoas querem ouvir “fórmulas secretas” para solução imediata de seus problemas, querem exercitar uma fé, que é como uma “varinha mágica” para fazer desaparecer os problemas e trazer as “bênçãos”. Querem uma igreja, bonita, confortável, com música a seu gosto, mensagem de qualidade e agradável, etc, etc, enfim, tem que se fazer de tudo para agradar a todos, os pregadores viraram estrelas que fazem tudo para ganhar fãs no seu auditório, pois a competição é grande se não oferecermos com mais facilidade, rapidez e conforto a “benção” vamos perder a “freguesia” para nosso concorrente. Mas quando olhamos para a Bíblia, tudo era bem diferente disso, ali encontramos um povo, que a qualquer preço seguia os ensinamentos de Jesus, sob a liderança dos apóstolos se tornavam discípulos, seguidores fieis de Jesus, renunciando a tudo, buscavam com sinceridade e simplicidade o Reino de Deus, o tempo era difícil, pois havia perseguição, ninguém podia pensar nos benefícios do cristianismo, não se oferecia a ninguém nada de material, era apenas pregado o evangelho do Reino de Deus, que podia custar a vida das pessoas, e por causa disso que acredito os sinais estavam tão presente, pois a fé era tão pura e destituída de segundas intenções, eles amavam Jesus e a Ele se entregavam de corpo e alma, ainda que as recompensas fossem para um futuro muito longe, o que valia era a conquista espiritual do Reino de Deus. Era ao contrário de hoje, tudo era difícil, lento e desconfortável, mas se multiplicava a cada dia o número de seguidores de Jesus.

III. DESCARTÁVEL – o descartável e outra realidade do mundo moderno, usamos e jogamos fora. O descartável influencia o cristianismo atual, no que diz respeito ao compromisso e a constância. As pessoas não querem mais se comprometer por muito tempo, até mesmo a igreja ficou descartável, afinal tem tantas igrejas, e assim vai se usando cada uma de acordo com a necessidade que temos, se já não me serve mais, jogo fora e procuro outra. Mensagens então nem se fale, são tantas, têm tantos pregadores, tantas mensagens, na igreja, no rádio, na tv, na revista, estão por todo lado, e tudo pode ser descartável, pois o que interessa é a nossa satisfação. Nunca a Palavra de Deus ficou tão banalizada e mercadejada, pois afinal ela também se tornou meio para ganhar dinheiro e fãs, as pessoas ficaram superficiais em seus compromissos. Troca-se de igreja, igual se troca de marca de pasta de dente. Veja como exemplo uma das coisas mais importantes da vida que é o casamento, compromisso tão sério e sublime, tornou-se hoje tão sem valor. As pessoas nem se casam mais, se ajuntam e se separam, é uma união totalmente descartável, como relógios baratos do Paraguai, a gente usa até acabar a bateria. Não se persevera no compromisso, não se luta mais pelo casamento, ninguém quer batalhar pelo amor, renunciando e servindo, não, o que importa é usar e abusar, se não me satisfaz mais, esse eu jogo fora, e vou buscar outro. Com a igreja, acontece a mesma coisa, as pessoas não possuem uma aliança, um compromisso, é tudo em busca do que me agrada. O louvor é descartável, não me agrada mais, a mensagem é descartável, não me agrada mais, o irmão é descartável, não me agrada mais, e vamos jogando fora e procurando outro que nos agrada. Mas no tempo bíblico era bem diferente, nada ali era descartável, pelo contrário, por tudo se pagava o preço que fosse para se manter, se dava o devido valor, ao louvor, a mensagem, a comunhão com os irmãos, pois não se buscava o prazer pessoal, e sim a satisfazer a vontade de Deus. Não estavam ali por um motivo egoísta e sim para satisfazer a Deus e seus propósitos. Havia aliança e um compromisso que custava a vida de cada um, se morria pela fé e obediência a Deus, a Palavra de Deus era glorificada, seu valor era tão grande que nomearam os primeiros diáconos, para que os apóstolos pudessem dedicar com primazia ao ensino das Escrituras, e esta nunca era anunciada para agradar ouvintes, ou gerar recursos para seus transmissores, mas era pregada para que se conhecesse a vontade de Deus para os seus filhos, quer estes gostassem ou não.

O QUE FAZER? – Precisamos lutar e disciplinar para que possamos vencer estes três inimigos do mundo moderno, em si mesmo não são inimigos, mas se tornam quando nos deixamos influenciar por eles. Por isto devemos orar e vigiar, como disse Jesus, sabendo que somos de Deus, mas o mundo inteiro jaz no maligno, e se somos de Deus, devemos estar dispostos a crucificar a carne com suas paixões e concupiscências, devemos exercitar a fé e a perseverança para alcançar a vontade de Deus, ainda que isto custe tempo e muito de nossas vidas, devemos por fim, ter um compromisso de jamais olhar para trás, mas esquecendo das coisas que para trás ficam, vamos avançar para as que diante de nós estão, dando o valor devido a tudo o que envolve o Reino de Deus, pois estas não passam, mas duram por toda a eternidade, amém.

QUAL O VERDADEIRO DEUS?

Parece estranha esta pergunta, no entanto ela se faz necessária, pois existe um grande e terrível engano, que se espalhou pela humanidade, de que o Deus de todas as religiões é um só, mas isto não é verdade. Por isto o apóstolo João, escreveu: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”.(I João 5:20-21)

Infelizmente, o homem como um ser inteligente que é, tem o poder de imaginar. Só que não podemos confiar em nossa imaginação. Muitas vezes conhecemos pessoas pelo telefone, e a imaginamos de uma maneira, mas assustamos quando a conhecemos pessoalmente, ou imaginamos alguém pelo que um ouvimos à respeito da mesma, e tal nos é a surpresa quando somos apresentados a ela, ou ainda quantos não se decepcionam pensando conhecer alguém mas quando se relacionam de fato, vêm o quanto estavam enganados, ou de maneira positiva, somos surpreendidos por conhecer o interior tão rico de uma pessoa que nos fizeram dela uma imagem tão pobre e estragada. Assim, pode acontecer também no que diz respeito a Deus.
A idolatria, é a capacidade do ser humano de formar imagens falsas, de um deus falso, e passarem a adorar e a venerar este deus. E nunca ficarem conhecendo quem de fato é Deus, ou quem de fato é o Deus verdadeiro.

O homem em todo o tempo, em todos os lugares criou milhares de imagens de deuses. E desta maneira imagina-se como seria Deus, só que imagina-se um deus que não existe e assim permanece enganado adorando ídolos. Alguns imaginam um deus que se amolda ao capricho de cada um, como se Deus tivesse a obrigação de ser o que cada um quer que Ele seja. Outros imaginam um deus dará, que como o gênio da lâmpada, está pronto para atender pedidos humanos. Há o deus velhinho barbudo, como um papai noel, que gosta de dar presentes para suas crianças, os homens. Há o deus liberal, que aceita e concorda com tudo. Ou o deus paizão, que de tanto amor e paixão cede a todos os interesses humanos. Ou o deus carrancudo que tem prazer da mandar os homens para o inferno. Tem o deus do deísta, que criou o mundo e desapareceu do mapa. O deus de religiosos que aprovam a intercessão de santos e a oração pelos mortos… O deus que aprova a reencarnação, para quem sabe, aperfeiçoar uma sociedade que parece cada vez mais corrompida. Há ainda o deus de religiosos que preparou um céu só para “crentes” que não fumam, não bebem, não… O deus moderno, que falam tanto dele como a energia positiva. O deus supremo arquiteto do universo. O deus sol, o deus vaca, o deus dragão, etc.…Se fossemos enumerar, haveria deuses que não tem mais fim.

Baseado na Bíblia, que é a Palavra de Deus, o Deus verdadeiro, criador do céu e da terra, revelou sua imagem verdadeira, através de seu Filho Jesus Cristo, Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Este Deus também diz em sua Palavra: “Porque eu, o Senhor, não mudo…” (Malaquias 3:6) e ainda: “Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre” (Hebreus 13:8). Assim sendo, Ele não é um deus que se transforma de acordo com as imaginações humanas, pelo contrário, o homem precisa se amoldar à imagem dEle, conforme lemos em sua palavra Ele nos escolheu para sermos conforme à imagem de seu Filho, “…a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8:29)

Mas porque tantas imagens diferentes de Deus, se Ele é um só? A resposta está também em sua palavra: “…o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. O deus deste século, é o diabo, que também é uma realidade, e que como enganador, tem cegado o entendimento humano para que este permaneça cego, imaginando um deus que não existe, e assim viva uma idolatria, e uma religiosidade falsa e mentirosa. Por traz de tantos deuses, há somente um, que é falso e mentiroso, o seu nome é Satanás.
A imagem do verdadeiro Deus, está na pessoa de Jesus, o seu Filho, e é pela sua Palavra que você poderá conhecê-lo, pois Ele disse: “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5:39). A Bíblia também diz: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Timóteo 2:5). E Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Desta maneira eu digo, só há um Deus, e o Deus verdadeiro é este, Jesus Cristo, o Filho de Deus e Ele não muda, mas Ele pode mudar você, basta você reconhecê-Lo como o Deus verdadeiro e se entregar a Ele totalmente.

Ore assim: Senhor Deus, eu me arrependo dos meus pecados, e reconheço os falsos deuses que têm penetrado a minha mente, mas hoje eu estou pronto para que o Senhor remova toda a cegueira do meu entendimento, para que eu possa conhecer a Jesus o teu Filho, como o meu Deus e o meu Senhor, pois eu confesso com a minha boca e creio no meu coração que Jesus Cristo, é o Deus verdadeiro e a vida eterna. E daqui para frente não irei permitir que imagens falsas dominem a minha mente, mas pela tua Palavra, a Bíblia, me aproprio da vida eterna e do testemunho fiel de Jesus como o Único e Verdadeiro Deus. Eu oro assim na autoridade do nome do Senhor Jesus, amém!
Agora continue a conhecer o verdadeiro Deus, lendo e examinando a sua Palavra, ela, a Bíblia, é a única verdade que pode nos libertar de todos os enganos que estão circulando por ai, e pode nos levar a uma vida de plena segurança e paz, sob a proteção de um Deus verdadeiro que nos ama e nos dá sabedoria para que possamos ajudar outros a conhecê-Lo de fato como Ele é, vivo e verdadeiro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

OTIMISMO VERSUS PESSIMISMO

O mundo que nos cerca, infelizmente é muito pessimista, e ainda o que é pior, quer influenciar todos, a tal ponto de se tornarem como ele; mas falando francamente, apesar de tudo e de todos pode-se ser otimista e mesmo inverte-se este quadro, isto é, tornar-se uma influência de otimismo para outros. É tudo uma questão de decisão, pois o homem é aquilo que decidi ser.
É aquela velha história dos dois jornalistas, apresentado o relatório de serviço meteorológico para o dia, enquanto um disse: “o dia hoje vai ser parcialmente nublado com possibilidade de chuva”, o outro disse: “o dia hoje vai ser parcialmente nublado com possibilidade de sol”; todos os dois na verdade deram o mesmo relatório, só que um decidiu impressionar com uma mensagem negativa, e o outro com uma positiva.
O que deve ter acontecido neste dia? Certamente que os otimistas, planejaram o dia na expectativa, de que apesar das nuvens, pudessem desfrutar de um programa agradável e produtivo, mas os pessimistas, por certo, com um mal humor, anteciparam um programa desagradável e sem nenhum incentivo de melhora, é assim que as coisas sucedem.
Através da fé, pode-se exercitar uma vida de otimismo, veja o que sucedeu com o povo israelita no tempo bíblico de Moisés. Foram enviados doze espias para avistar a terra prometida, um espia de cada tribo de Israel. E depois de quarenta dias observando o território inimigo, trouxeram dois tipos de relatórios: um pessimista, de incredulidade e um otimista, de fé. Os pessimistas, em número de dez, a maioria disseram: “esta terra tem inimigos terríveis, e nós somos como gafanhotos diante deles, jamais vamos conseguir vence-los”; por outro lado os otimistas, Josué e Calebe, disseram: “a terra que espiamos é muitíssimo boa, e se Deus é por nós, não temos o que temer, por certo entraremos e a possuiremos”.
Infelizmente, os dez pessimistas, e incrédulos conseguiram influenciar todo o povo, que foram tomados de medo e desânimo, e estes morreram no pessimismo, permanecendo a vida toda no deserto, mas os otimistas, cheios de fé, apenas dois, atravessaram o deserto e conquistaram a terra prometida. Esta narrativa se encontra nas Escrituras Sagradas, nos livros de Moisés.
Estas são as alternativas, ficar prostrado no “deserto”, ou conquistar a “terra prometida”? Os resultados vêm de acordo com a decisão, Deus não fez o homem para ficar na pior, desanimado, mal humorado, incrédulo e derrotado. Deus o criou para ser vencedor, ser otimista e conquistador. Essa possibilidade existe dependendo de uma decisão pessoal. Algumas coisas práticas podem auxiliar nesta decisão.
A sociedade está imersa no pessimismo; por exemplo, as notícias de um jornal, na sua maioria causam uma aversão àquilo que é positivo, pois bombardeiam todos diariamente com notícias de violência, sequestros, guerras, atentados, corrupção política e assim por diante, essas tem um poder enorme de influenciar no que diz respeito ao pessimismo, então quando se ouve estas notícias, não se deve deixar dominar por elas, nos pensamentos; pois o otimismo vem também de uma atitude mental, deve-se adquirir informações pela mídia, mas não ser transformado pela mídia, não se deve permitir que ela exerça uma influência de domínio nos pensamentos.
Quando se observa também as conversas cotidianas, as pessoas permanecem conversando, como que numa extensão das notícias que são dadas, são comentários na sua maioria inúteis e descartáveis. Deve-se conversar com as pessoas abordando assuntos que são positivos e recompensadores. Não se muda uma situação simplesmente pondo mais madeira na fogueira. Conversas negativas predispõe para atitudes mentais, também negativas; Jesus disse certa vez: “que não é o que entra pela boca que contamina o homem e sim o que sai”. Assim precisa-se tomar cuidado em colocar para fora palavras de pessimismo, pois elas podem voltar como um efeito bumerangue.
Diz que uma velhinha, era tão positiva que jamais falava mal de alguém, e, que pelo contrário procurava ver qualidades em tudo e em todos. Um dia alguém quis pegá-la numa palavra negativa e destrutiva, dizendo: “já sei, vou falar mal do diabo e desta vez ela vai ter fazer uma crítica negativa”. Aproximou-se da velhinha, e foi logo dizendo: “Pois é, o diabo é terrível mesmo, só serve para tentar e destruir as pessoas”. Foi então que a velhinha respondeu: “mas ele não deixa der ser um sujeitinho esforçado e insistente”.
Esta anedota, ensina que quando se quer, é possível de alguma maneira encontrar virtudes e motivos de elogio em tudo e em todos. No meio da rodovia, furou o pneu do carro, os dois desceram, o pessimista logo disse: “que azar sô, logo aqui foi furar o pneu”, mas o otimista retrucou: “graças a Deus que nós temos carro para furar o pneu”. E é uma verdade, pois muitos nem carro possuem.
O mundo pode ser muito diferente para aquele que resolve e decide ser um otimista. Como no filme “A vida é bela”, é possível ser até motivo de riso, mas sem dúvida que será muito mais feliz, aquele que nutri a esperança de que apesar das nuvens, há sempre possibilidade de sol.