terça-feira, 5 de outubro de 2010

SER AMIGO DE DEUS

A salvação do homem foi planejada, não para que este se tornasse um religioso, mas sim um amigo de Deus. Porque um religioso se limita a um relacionamento com Deus em seu templo e rituais, mas o amigo de Deus, tem consciência que ele é o templo de Deus, e seu relacionamento com Ele se estende por toda a sua vida. Quando estudamos a vida de Abrão, nós encontramos um processo crescente de seu relacionamento com Deus, por esta causa ele foi o único homem que por três vezes foi chamado “amigo de Deus” dentro da Bíblia (II Cr 20:7; Is 41:8; Tg 2:23). Este processo é descrito por quatro altares que foram erguidos por Abrão. O altar, era na época o meio de se comunicar com Deus, por ele se fazia o sacrifício e Deus manifestava a sua presença, desta forma Abrão quando queria se comunicar, ele erguia um altar e invocava o nome do Senhor. Hoje esse altar representa pra nós Jesus, que foi o sacrifício definitivo, e que abriu caminho para termos acesso ao coração do Pai, podemos invocar o nome do Senhor em qualquer lugar, a qualquer hora e assim podemos manter um relacionamento aberto e livre com o Senhor, e seremos seus amigos, isto graças a Jesus, nosso Senhor. Abrão ergueu quatro altares em sua vida: 1. Em Siquém, 2. Entre Betel e Ai, 3. Em Hebrom, 4. Em Berseba. Cada um representa um nível de relacionamento com Deus.

1. Siquém (Gn 12:6,7) – o primeiro nível de relacionamento, quando Deus pediu a ele para sair da sua terra, da sua parentela e ir para um lugar que Ele mostraria. Sair da terra, é o desligar-se deste mundo terreno, da parentela é ter como prioridade a família de Deus e ir para um lugar que ele mostraria, é o caminhar da fé. Este altar simboliza a renúncia daquele que inicia a caminhada com Jesus, e nega-se a si mesmo tomando a sua cruz para seguí-Lo.

2. Entre Betel e Aí (Gn 12:8 – 13:14) o segundo nível, foi quando ele ergueu um altar numa encruzilhada e só ouviu a Deus depois que ele se separou de Ló. Para ele decidir se ia a Betel ou a Ai, ele precisou se separar de Ló. Ló representa a contaminação do mundo, não vamos caminhar na intimidade com Deus se não nos separarmos de Ló, isto é, se não nos descontaminarmos deste mundo perverso, e só desta forma encontraremos direção para seguirmos rumo a Betel (casa de Deus).

3. Em Hebrom (Gn 13:18  até o capítulo 21) Esse foi um período longo da vida de Abrão, que representa o terceiro nível. Foi o altar de aliança, neste tempo Abrão, teve seu nome mudado para Abraão, recebeu a visita pessoal de Deus, recebeu detalhes do que Ele faria de sua vida, recebeu a revelação da circuncisão, passou a dar o dízimo, aprendeu a guerrear e abrir poços, aprendeu a interceder e muitas outras coisas sucederam. Porque este é o nível quando entramos em aliança com Deus, recebemos o caráter de Deus, temos mais intimidade com Deus, obtemos revelação dos propósitos de Deus, aprendemos a santidade, aprendemos a dizimar e confiar plenamente no Senhor, aprendemos a guerrear e a interceder, enfim são muitas as coisas que se experimenta quando se faz uma aliança com Deus.

4. Em Berseba (Gn 22:1-19) Foi o ultimo nível de altar na vida de Abraão, quando ele foi para o monte para sacrificar seu próprio filho, foi um teste muito desafiador na vida de Abraão, e ele foi aprovado com nota 10. O ultimo nível de nosso relacionamento com Deus, é justamente quando confiamos 100% em Deus, e estamos prontos para sermos testados por Ele, e o mais importante sermos aprovados, pois se até Hebrom nós aprendemos a confiar em Deus, em Berseba é Deus quem quer saber se pode confiar em nós. Quando o homem chega neste nível, é quando Deus pode confiar no homem e dizer: este é meu amigo.
        Pois este tem sido o grande desafio da minha vida, desde quando comecei a estudar a vida de Abraão. E através destes capítulos de Genesis 12 a 22, Deus tem me ensinado a caminhar em busca de uma amizade crescente e fiel para com Ele.  Este é um princípio que devemos ter em nossas vidas, nada como caminhar da maneira certa e com o objetivo certo: ser amigo de Deus. Eu tenho dito que o grande desafio não é apenas confiarmos em Deus, mas o maior desafio é de crescermos de maneira que Deus possa confiar em nós.

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