segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONHECENDO NOSSO MAIOR INIMIGO

Introdução: nos enganamos quando pensamos no diabo como o nosso maior inimigo, existe um pior que ele, aliás a grande arma do diabo contra nós, é justamente em conhecer bem de perto este nosso maior inimigo, que é a nossa própria carne contaminada com o pecado, por isso disse Paulo: “miserável homem que eu sou, quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24) Vivemos como que amarrados a um morto, isto é, como se estivéssemos carregando um cadáver que quer nos matar espiritualmente, este é nosso maior inimigo, o próprio “eu”.

I. Quem de fato se converte?
   Em primeiro lugar é bom termos consciência de que a conversão se dá no nosso espírito e não na nossa carne. Em Efésios 2.1 e 5, lemos que nós estávamos mortos, e que juntamente com Ele fomos ressuscitados, se fomos ressuscitados, isto se deu em nosso espírito e não em nossa carne, desta forma, entendemos que nossa carne não se converte, mas sim nosso espírito que recebe a vida de Deus, e assim nos tornamos novas criaturas, possuímos um novo homem no nosso interior e ao mesmo tempo continuamos carregando o velho homem que é a nossa carne corrompida pelo pecado que luta constantemente contra o nosso espírito. Se nós não tivéssemos uma carne com desejos de pecado, o que poderia nos tentar? Ou quem poderia nos tentar? Mas o diabo conhecendo a natureza humana, torna-se um grande tentador, colocando coisas diante de nós para desviar nossa atenção das coisas do espírito para as coisas que são da carne. Lembre-se a carne nunca se converte, ela apenas deve permanecer sob a disciplina do espírito, aliás, devemos ver nossa carne como uma serva do espírito, ela deve nos servir e não nos dominar. O convertido é aquele que tem Jesus como seu Senhor, e jamais permite que a carne esteja no domínio de sua vida.

II. Qual é o problema da carne?
    Em segundo lugar precisamos conhecer o grande problema da carne, que é a sua natureza pecaminosa. O salmista diz: eu nasci em iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe. Há na nossa carne o que a bíblia diz de concupiscência, isto é, um desejo muito forte, uma paixão quase incontrolável, uma atração fortíssima para com as coisas materiais. A carne tem prazer intensamente nas coisas materiais e nem um pouco nas coisas espirituais. Ela é egoísta, mesquinha e além de tudo birrenta, isto é, nunca se dá por vencida. Por isto, é interessante notar, que não ficamos surpresos, ao ver tantos homens e mulheres abençoadas, que de repente “pisam na bola”, escandalizando “meio mundo”. Por isto a palavra nos exorta: aquele que está em pé, veja que não caia. A carne é como o ar comprimido dentro de uma seringa sem saída, se deixarmos de apertar, o cabo da seringa volta, mas se fizermos força, pela sua elasticidade, o ar se comprime novamente. O cristão tem que sempre estar “comprimindo” a carne, porque se afrouxar, a carne o domina novamente. Por isto eu gosto do termo que Paulo usa em I Coríntios 9.27, que significa no original “nocaute”, isto é, ele esmurra a sua carne a ponto de reduzi-la a nocaute, e como uma luta espiritual, onde devemos golpear nossa carne para que ela seja nossa serva e escrava da nossa vontade, que é fazer a vontade de Deus e não da carne.

III. Qual o caminho da vitória?
     Vai vencer aquele que melhor estiver alimentado, sem dúvida alguma. Se alimentarmos só a carne, ela será sempre a vitoriosa, mas se alimentarmos mais nosso espírito, daremos a ele condições de vencer a carne. O espírito se alimenta de duas coisas básicas: 1. Comunhão com Deus – este é o primeiro e mais importante alimento do espírito, viver e ter um relacionamento com Deus de verdade, o que fazemos na prática de duas formas: lendo e meditando na palavra de Deus, e orando sem cessar. O primeiro deve ser uma leitura de qualidade e não de quantidade, e o segundo deve ser uma oração que é constante em nossas vidas, não desviarmos os nossos pensamentos de Deus. 2. Comunhão com nossos irmãos – o segundo alimento do espírito é o relacionamento de qualidade que devemos ter com os nossos irmãos de fé, digo de qualidade, porque não é só estar sentados próximos dentro de quatro paredes, mas é aquele relacionamento, quando podemos compartilhar nossas vidas, falando, ouvindo e trocando nossas experiências de fé cristã, precisamos de fato uns dos outros. Por isto Jesus plantou uma igreja na terra na base do discipulado, isto é, relacionamento de pequenos grupos, ele atendeu sempre uma multidão, mas apenas fez discipulado com 12 homens.

Conclusão: o que também é muito importante e que nos ajudará a manter a carne sob disciplina, é a “respiração espiritual” que devemos exercitar. Quando confessamos nossos pecados, numa atitude de humildade reconhecendo nossos erros, estamos na verdade nos esvaziando do “gás carbônico”, estaremos nos despojando de tudo aquilo que contamina nossas vidas, e recebemos o perdão de Deus, estamos nos enchendo do “oxigênio” que vai nos purificar e fortalecer nossas vidas, para que possamos viver um cristianismo saudável e próspero, desenvolvendo nossas vidas dentro da vontade de Deus.


Pr. Daniel de Oliveira Corrêa

2 comentários:

  1. Muito bom esse texto Pr. Daniel! God bless you always!

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  2. muito bom esse assunto parabens!
    Da uma olhada no meu assim que possivel, Fica na Paz de Cristo.
    http://ministeriovisaofamiliar.blogspot.com.br/

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