quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O EVANGELHO DA GRAÇA

Paulo, escrevendo a carta aos gálatas, tinha a preocupação de combater os judaizantes que tentavam influenciar o cristianismo primitivo, entendemos por esta carta o quanto um dos maiores inimigos do cristianismo é a religiosidade, pois os judaizantes eram os religiosos judeus que tentavam impor os rituais judaicos aos cristãos de origem gentia, ou seja não judeus. Olhando para o ministério de Jesus, também observamos a mesma preocupação do nosso Mestre em combater ferrenhamente os fariseus, chamando-os de raça de víboras, sepulcros caiados e filhos do diabo. Paulo já de inicio na sua carta aos gálatas, diz que se alguém prega outro evangelho, que seja amaldiçoado, e ainda faz questão de repetir: seja anátema (amaldiçoado). Hoje a situação não é diferente, talvez até seja pior, porque tanto tempo se passou e o homem se acostumou com muitas crendices religiosas até mesmo “evangélicas”. O que não diria Paulo hoje ao olhar para a igreja e ver tantos ensinos e práticas pagãs misturadas com o cristianismo, e isto dentro das próprias igrejas que se dizem cristãs. Por exemplo a sacralização dos templos, como sendo habitação santa de Deus, a sacralização do altar ou seja o púlpito evangélico como sendo o santo dos santos, o clericalismo evangélico colocando os “apóstolos”, “bispos”, “levitas”, “reverendos”, etc numa “vestimenta sacerdotal” em detrimento dos leigos e fieis que não conseguem chegar as bençãos de Deus sem a instrumentalidade destes “profissionais da igreja”, parece que estamos de novo precisando de outro Lutero e outra Reforma Protestante, pois infelizmente a igreja caiu de novo na mesma ladainha. Aliás, quando vejo alguns programas da “Canção Nova” fico envergonhado de notar que em alguns ensinos eles estão mais evangélicos do que os próprios evangélicos. Mas o que gostaríamos mesmo de dizer é sobre a seriedade que é não vivermos o evangelho da graça do Senhor Jesus, isto é maldição. E o que é o evangelho da graça do Senhor Jesus? Segundo esta carta mesmo aprendemos que o verdadeiro evangelho, é aquele vivido através da fonte correta, que é o próprio Jesus, seu Espírito e sua Palavra, o evangelho falso, busca outras fontes e recursos, onde se vive apenas uma artificial e superficial religiosidade, mas o verdadeiro flui do interior, de um coração circuncidado, transformado, quando se deixa de viver para que Cristo viva através de nós. Cristianismo puro não tem origem nas forças humanas, e sim na graça de Deus. Não é apenas viver uma cultura religiosa diferente, mas viver uma transformação verdadeira de caráter. Ser religioso evangélico é até difícil mas é possível, mas ser um cristão de fato não só é difícil mas é impossível se não for pela graça e o poder de Deus. Que tipo de evangelho temos vivido? Qual tem sido a verdadeira fonte de nosso comportamento, palavras e pensamentos? O estilo de vida que transmitimos é simplismente de mais um religioso ou é do milagre de Jesus em nossas vidas? O evangelho de Jesus não só traz prosperidade, segurança e prazer, mas também cruz, renúncia e perseguição, e infelizmente os pregadores da mídia não tem coragem de pregar o evangelho pleno e sim um evangelho manco e capenga, porisso se formam não discípulos de Jesus, mas apenas um bando de religiosos mal informados; se uma verdadeira perseguição se levantasse hoje, eu não sei o que ia sobrar dessa igreja que estamos vendo, pois na sua maioria só quer saber da benção e nunca do abençoador, estão mesmo é debaixo do anátema, ou seja da maldição, pois não estão vivendo o evangelho da graça e sim um falso evangelho. Tenho aprendido na palavra de Deus, que quando corremos atraz do abençoador, as bençãos correm atráz de nós, nem é preciso buscá-las, mas se corremos atraz das bençãos, as maldições é que correm atráz de nós por estarmos nos distanciando do abençoador. Vamos buscar a Deus, o evangelho da graça nos leva a Ele, somos apaixonados por Ele, desejamos Ele mais do que qualquer outra coisa. Louvado seja Deus porque no meio dessa confusão toda que está por aí, Deus tem levantado uma geração apaixonada por Jesus, um povo que tem amado intensamente a Palavra de Deus, a presença de Deus, eu creio, este é o remanescente que conhece verdadeiramente o abençoador e também as suas bençãos. O maior milagre continua sendo o da verdadeira conversão, quando sobrenaturalmente começamos a relacionar com Deus, e vamos experimentar o poder de sua presença, que nos cura, liberta, perdoa, restaura e faz transformações profundas também em nosso caráter, para que testemunhemos a todos que Ele ressuscitou e está vivo e é a única esperança para este mundo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONHECENDO NOSSO MAIOR INIMIGO

Introdução: nos enganamos quando pensamos no diabo como o nosso maior inimigo, existe um pior que ele, aliás a grande arma do diabo contra nós, é justamente em conhecer bem de perto este nosso maior inimigo, que é a nossa própria carne contaminada com o pecado, por isso disse Paulo: “miserável homem que eu sou, quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24) Vivemos como que amarrados a um morto, isto é, como se estivéssemos carregando um cadáver que quer nos matar espiritualmente, este é nosso maior inimigo, o próprio “eu”.

I. Quem de fato se converte?
   Em primeiro lugar é bom termos consciência de que a conversão se dá no nosso espírito e não na nossa carne. Em Efésios 2.1 e 5, lemos que nós estávamos mortos, e que juntamente com Ele fomos ressuscitados, se fomos ressuscitados, isto se deu em nosso espírito e não em nossa carne, desta forma, entendemos que nossa carne não se converte, mas sim nosso espírito que recebe a vida de Deus, e assim nos tornamos novas criaturas, possuímos um novo homem no nosso interior e ao mesmo tempo continuamos carregando o velho homem que é a nossa carne corrompida pelo pecado que luta constantemente contra o nosso espírito. Se nós não tivéssemos uma carne com desejos de pecado, o que poderia nos tentar? Ou quem poderia nos tentar? Mas o diabo conhecendo a natureza humana, torna-se um grande tentador, colocando coisas diante de nós para desviar nossa atenção das coisas do espírito para as coisas que são da carne. Lembre-se a carne nunca se converte, ela apenas deve permanecer sob a disciplina do espírito, aliás, devemos ver nossa carne como uma serva do espírito, ela deve nos servir e não nos dominar. O convertido é aquele que tem Jesus como seu Senhor, e jamais permite que a carne esteja no domínio de sua vida.

II. Qual é o problema da carne?
    Em segundo lugar precisamos conhecer o grande problema da carne, que é a sua natureza pecaminosa. O salmista diz: eu nasci em iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe. Há na nossa carne o que a bíblia diz de concupiscência, isto é, um desejo muito forte, uma paixão quase incontrolável, uma atração fortíssima para com as coisas materiais. A carne tem prazer intensamente nas coisas materiais e nem um pouco nas coisas espirituais. Ela é egoísta, mesquinha e além de tudo birrenta, isto é, nunca se dá por vencida. Por isto, é interessante notar, que não ficamos surpresos, ao ver tantos homens e mulheres abençoadas, que de repente “pisam na bola”, escandalizando “meio mundo”. Por isto a palavra nos exorta: aquele que está em pé, veja que não caia. A carne é como o ar comprimido dentro de uma seringa sem saída, se deixarmos de apertar, o cabo da seringa volta, mas se fizermos força, pela sua elasticidade, o ar se comprime novamente. O cristão tem que sempre estar “comprimindo” a carne, porque se afrouxar, a carne o domina novamente. Por isto eu gosto do termo que Paulo usa em I Coríntios 9.27, que significa no original “nocaute”, isto é, ele esmurra a sua carne a ponto de reduzi-la a nocaute, e como uma luta espiritual, onde devemos golpear nossa carne para que ela seja nossa serva e escrava da nossa vontade, que é fazer a vontade de Deus e não da carne.

III. Qual o caminho da vitória?
     Vai vencer aquele que melhor estiver alimentado, sem dúvida alguma. Se alimentarmos só a carne, ela será sempre a vitoriosa, mas se alimentarmos mais nosso espírito, daremos a ele condições de vencer a carne. O espírito se alimenta de duas coisas básicas: 1. Comunhão com Deus – este é o primeiro e mais importante alimento do espírito, viver e ter um relacionamento com Deus de verdade, o que fazemos na prática de duas formas: lendo e meditando na palavra de Deus, e orando sem cessar. O primeiro deve ser uma leitura de qualidade e não de quantidade, e o segundo deve ser uma oração que é constante em nossas vidas, não desviarmos os nossos pensamentos de Deus. 2. Comunhão com nossos irmãos – o segundo alimento do espírito é o relacionamento de qualidade que devemos ter com os nossos irmãos de fé, digo de qualidade, porque não é só estar sentados próximos dentro de quatro paredes, mas é aquele relacionamento, quando podemos compartilhar nossas vidas, falando, ouvindo e trocando nossas experiências de fé cristã, precisamos de fato uns dos outros. Por isto Jesus plantou uma igreja na terra na base do discipulado, isto é, relacionamento de pequenos grupos, ele atendeu sempre uma multidão, mas apenas fez discipulado com 12 homens.

Conclusão: o que também é muito importante e que nos ajudará a manter a carne sob disciplina, é a “respiração espiritual” que devemos exercitar. Quando confessamos nossos pecados, numa atitude de humildade reconhecendo nossos erros, estamos na verdade nos esvaziando do “gás carbônico”, estaremos nos despojando de tudo aquilo que contamina nossas vidas, e recebemos o perdão de Deus, estamos nos enchendo do “oxigênio” que vai nos purificar e fortalecer nossas vidas, para que possamos viver um cristianismo saudável e próspero, desenvolvendo nossas vidas dentro da vontade de Deus.


Pr. Daniel de Oliveira Corrêa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

UM PLANO INFALÍVEL

Definimos biblicamente o ser humano como um espírito, que possue uma alma e habita num corpo (I Ts 5:23). Originalmente criado por Deus, vivia o homem sem pecado, e em plena comunhão com o Criador, seu espírito vivificado exercia dominio sobre a alma e corpo. Mas o queda, que foi a desobediencia de Adão no Édem, quebrou a comunhão do homem com seu Criador, e assim seu espírito morreu, isto é, separou-se de Deus, e o homem passou a viver o estado de um pecador.

I. O ser humano em pecado
Conforme Efésios 2:1-3, o homem passou a viver em delitos e pecados, segundo: o curso deste mundo, o principe da potestade do ar e as inclinações da carne. Isto significa que este passou a ser dominado pelo exterior, e que sob esta influência teve seu corpo e alma totalmente vivendo dentro de valores terrenos e malígnos.
a. O primeiro jugo do ser humano, é o que se chama curso deste mundo, que são os valores materiais que cercam a vida humana.
b. O segundo é o jugo de Satanás que como criatura rebelde a Deus, instiga o homem à desobediência e insubmissão ao seu Criador.
c. O terceiro e último é o jugo da carne, que é o homem andar em obediência à sua própria vontade e pensamentos.
Enquanto isso o espírito permanece separado de Deus e condenado a morte eterna.

II. O plano de restauração
Em continuidade o texto de Efésios 2:4-6, nos mostra que a restauração do ser humano, é feita através da vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus. Pois Ele depois de pagar o preço do pecado, foi ressucitado e colocado acima de todas as coisas e de todos os nomes que se possa referir (Efésios 1:20-23), e juntamente com Ele, Deus também nos ressucita e nos faz assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
Assim sendo, nosso espirito experimenta a ressurreição, e é restituido ao lugar que possuia antes da queda, com a habilidade de dominar a alma e o corpo, por sua vez dominará conforme a vontade de Deus, também todo o exterior onde vivemos e nos movemos.
Isto se torna realidade mediante a fé (Ef 2:8,9), na medida em que cremos (Ef 1:19), e assim provamos o novo nascimento, a nova vida em Cristo Jesus, onde ocupamos um lugar especial juntamente com Ele nas regiões celestiais.

III. A vida no Espírito
O cristão por ser um ser humano restaurado, vive uma grande luta interior. Pois apesar de ter seu espírito vivificado, no entanto ainda possue uma carne (corpo e alma), que continuam corruptíveis e devem estar sob constante disciplina.
a.       A carne deve ser serva e não senhora ( I Co 9:26-27).
b.      A carne é tendenciosa ao pecado, ou seja a própria morte (Rm 7:22-24).
c.       A carne milita contra o espírito (Gl 5:17).

Assim sendo precisamos viver no Espírito:
a.       Ele possue o poder de vivificar (Rm 8:10-14).
b.      Ele deve estar exercendo domínio sobre a alma e o corpo (Rm 8:5,6).
c.       Ele milita contra a carne e pode vence-la (Gl 5:17).

Por isto precisamos alimentar o espírito mais do que a carne, para que a vontade  dele seja mais forte do que a da carne. (Gl 5:17,24-25). O que alimenta o Espírito:
a.       A Palavra de Deus – Mt 4.4
b.      A vontade de Deus – Jo 4:34
c.       O louvor e gratidão – Ef 5:18-21
d.      Palavras de fé e bençãos – Mc 7:15-23
e.       Comunhão cristã – Sl 133

Conclusão: Deus é o único que pode conduzir o ser humano à uma vida de vitória, sobre a carne, o mundo, o pecado, o diabo, as circunstâncias e assim por diante. Através de Jesus, segundo a Palavra de Deus e vivendo no espírito, somos mais do que vencedores.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO

Introdução: nossa vida em relação a Deus, é como um casamento, o Espírito Santo é nosso esposo e nós somos como se fossemos a esposa dEle. Nos tornamos como uma só carne, tudo o que se vive será em comum acordo com Ele. Ele inclusive tem ciúmes de nós se resolvemos deixá-Lo de lado em alguma áreas de nossa vida.




Andando no Espírito

Paulo escreveu esta carta justamente para combater a tendência do cristão em andar na carne. Andar na carne é como se estivéssemos traindo o Espírito Santo, e fazendo coisas sem a liderança dele. Como no casamento, o homem foi colocado como líder na família, e a mulher deve andar em acordo com seu líder, caso contrário haverá uma traição, e é assim que acontece com nossa vida espiritual, deixamos o nosso líder de lado e começamos a viver independentemente dEle. E isto como os afirma a Palavra de Deus, entristece o Espírito Santo e O apaga em nossas vidas (Ef 4.30 e I Ts 5.19). Quando Paulo fala que devemos andar no Espírito, significa que devemos andar sob a liderança do Espírito Santo. O cristão deve viver não por si mesmo, mas pelo poder do Espírito Santo e desta maneira o fruto do Espírito fluirá em sua vida. O fruto do espírito é o próprio caráter de Deus em nós. É importante notar que o texto diz O FRUTO e não OS FRUTOS, porque o fruto é um só, sendo que ele tem vários gomos. Devemos andar no Espírito e apresentarmos todos os gomos do fruto do Espírito que são:



1. AMOR – este amor é o amor ágape, o amor espiritual, o amor que vem de Deus, o amor incondicional, o amor que não é só sentimental, mas o amor que o Espírito Santo derrama sobre nossos corações (Rm 5.5). Quando andamos no Espírito, vamos amar incondicionalmente, poderemos amar até nossos inimigos como Jesus disse que devemos amar. O amor também vai dar motivações em nossas vidas, porque tudo o que faremos, nós faremos em amor. Devemos viver o amor, amar não é só um sentimento, mas também uma decisão. Se tudo em nossas vidas for realizado em amor, vamos fazer o melhor e faremos para agradar a Deus e todos aqueles a quem servimos em nossas vidas, na família, no trabalho, na igreja ou em qualquer outra área.



2. ALEGRIA – esta alegria não é um sentimento emocional de acordo com as circunstâncias, e sim uma alegria que é dada pelo Espírito Santo e que não depende das circunstâncias, como Paulo e Barnabé que ao serem expulsos de Antioquia diz a bíblia que transbordavam de alegria e do Espírito Santo (At 13.50-52), por isto também Paulo escreveu uma carta como a de Filipenses e embora estivesse preso em Roma ao escrevê-la, faz menção várias vezes da alegria, inclusive diz: alegrai-vos SEMPRE no Senhor! (Fl 4.4). Para se alegrar sempre só mesmo pode poder da vida do Espírito em nós. Alegria é até mesmo uma ordem: alegrai-vos! Como Deus vai nos ordenar a fazer algo que não podemos, se Ele ordena é porque se torna possível pelo seu Espírito em nós.



3. PAZ – a paz semelhantemente à alegria não é um sentimento momentâneo, mas sim a segurança e a tranqüilidade que Deus nos dá para enfrentarmos quaisquer circunstâncias. Jesus disse que nos daria uma paz que o mundo não pode dar (Jo 14.27), e Ele acrescenta dizendo mas não temermos. A paz do Espírito Santo em nós é que remove todo medo e temor, nos dando a capacidade de dormirmos tranqüilos mesmo em meio às tribulações, como Davi diz no Salmo 4.8, que deitava em paz e dormia porque o Senhor o fazia repousar seguro. Se vivermos no Espírito vamos poder experimentar desta paz e segurança total.



4. LONGANIMIDADE – esta palavra significa “ira longe”, ou seja teremos um pavio tão longo que nunca irá se explodir, porque sempre haverá tempo suficiente para apagá-lo. Ser longânimo é deixar o Espírito Santo nos acalmar, para jamais darmos lugar a ira. A bíblia também diz: irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira. (Ef 4.26 e 27) E em seguida diz para não darmos lugar ao diabo. A longanimidade do Espírito Santo em nós que faz de nós pessoas pacientes e calmas a ponto de suportarmos os momentos de adversidade e discórdia em casa, no trabalho e em qualquer parte onde nos relacionamos.



5. BENIGNIDADE – ser benigno é promover o bem com as nossas vidas, vivemos para o bem. Um homem benigno é aquele promove o bem, é honesto, trabalhador que vive na integridade servindo o próximo. O Espírito Santo quer que vivamos uma vida de serviço e de testemunho do seu poder em nós, por isto Ele nos dá essa capacidade de sermos benignos. A benignidade em nossas vidas fará com que nossa reputação seja conhecida de todos como alguém que vive para servir e fazer o bem em tudo o que nos envolvemos. Ser benigno é viver não egoisticamente mas viver altruísticamente.



6. BONDADE – embora um termo parecido com o anterior, a bondade diz respeito as boas obras, ser benigno é aquilo que somos enquanto que a bondade diz respeito mais aquilo que fazemos. A bondade é quando o Espírito Santo nos leva a fazer coisas boas, não só dentro de nossos afazeres normais, mas quando nos propomos a ir além de nossas obrigações, para fazermos alguma coisa pelo nosso próximo. A bondade também é a nossa sensibilidade às necessidades dos outros, por exemplo quando damos lugar numa fila para um velho ou uma mulher grávida. Há muitas oportunidades em nossas vidas para atos de bondade, o que mais precisamos é dar lugar ao Espírito Santo em nossas vidas para nos fazer sensíveis a estas oportunidades.



7. FIDELIDADE – a fidelidade também é uma parte do fruto do Espírito que nos leva a ser fiel, ou seja sermos dignos da confiança de todos, precisamos ser fieis no casamento, nas amizades, nos compromissos financeiros, nos compromissos corriqueiros, no trabalho, na igreja. Fidelidade também tem haver com pontualidade em nossos compromissos. Fidelidade também tem haver com a palavra que empenhamos com as pessoas. Sobretudo a própria fidelidade para com Deus obedecendo a sua Palavra e praticando tudo o que Ele tem nos ensinado. Fidelidade é uma virtude que reflete em todas as áreas de nossas vidas. É importante entendermos que o Deus que habita em nós pelo seu Espírito Santo é fiel, e assim também devemos ser fieis, a bíblia diz que Deus permanece fiel mesmo quando somos infiéis (II Tm 2.13).



8. MANSIDÃO – ser manso, é abrir mão de nossos direitos, é dar a outra face aquele que nos fere, é andar duas milhas ao que nos manda andar uma. A bíblia diz que Moisés foi o homem mais manso da terra (Nm 12.3), justamente porque por mais que o povo de Israel se levantasse contra ele, a ponto de desejarem apedrejá-lo, ele no entanto orou por eles pedindo que Deus os perdoasse, e colocou até mesmo sua vida em risco por causa daquele povo. Embora ele tinha seus direitos e justificativas para se livrar daquele povo, no entanto ele abriu mão e cedeu. O Espírito Santo nos capacita a sermos como Moisés e vivermos abrindo mão de nossos direitos e vivermos como servos apenas. Devemos deixar Deus julgar nossas causas, pois a bíblia diz que a ira do homem não produz a justiça de Deus (Tg 1.20 e Rm 12.17-21).



9. DOMÍNIO PRÓPRIO – por fim o domínio próprio, a temperança, ser uma pessoa equilibrada. Quem não tem domínio próprio geralmente é aquele que facilmente “perde a cabeça”, uma expressão popular para mostrar alguém descontrolado que pode fazer loucuras. Mas o Espírito Santo é aquele que nos leva a uma vida de perfeito equilíbrio. A melhor maneira de vermos o domínio próprio em ação é quando estamos vivendo debaixo de altas pressões, e mesmo que o mundo está desabando sobre nós, conseguiremos manter a calma assumindo nossas responsabilidades como se tudo estivesse em perfeita ordem, este é um verdadeiro milagre do Espírito Santo em nós. Se tivermos domínio próprio dificilmente entraremos em stress, nem mesmo seremos vítimas da síndrome do pânico, tão comum nos nossos dias.



CONCLUSÃO: veja que coisa maravilhosa o fruto do Espírito, é um dos maiores milagres de Deus em uma vida. Não nos esqueçamos que Deus quer tudo isto para todos nós, é um fruto só que contém todos estes “ingredientes”. Para isto o que precisamos é como diz no final do texto: crucificarmos a nossa carne com suas paixões e concupiscências. Esta é a vida que Deus quer que vivamos, se tivermos um “casamento com o Espírito Santo” em fidelidade, seremos uma só carne com Ele e poderemos experimentar uma vida cheia da sua presença, e inundados por Ele viveremos como Ele, externando o caráter de Jesus, que é o fruto do Espírito Santo.