terça-feira, 28 de setembro de 2010

VERDADE BÍBLICAS SOBRE MARIA

O propósito desta matéria, não é jamais denegrir a imagem abençoada desta mulher escolhida por Deus para gerar o seu filho Jesus, mas sim para esclarecer biblicamente que jamais Maria ocupou a posição que a Igreja Católica Apostólica Romana lhe deu.
Segundo a tradição católica:
1. Maria permaneceu virgem;
2. Foi assunta aos céus;
3. Possui o poder de intercessão junto à Jesus;
4. E ainda é digna de ser venerada.
Estas quatro afirmações são totalmente anti-bíblicas, e invenções demoníacas que tem desviado os homens da verdade e conduzido milhares à idolatria, que é um grave pecado condenado por Deus, nosso Pai.
O que temos sobre Maria no Novo Testamento, não é muito, na verdade se limita praticamente à quatro pequenas partes, que é claro, algumas destas são repetidas dentro dos evangelhos, estas são:
1. Durante a narrativa do nascimento de Jesus, que é a mais importante e um pouco mais detalhada;
2. Durante o ministério de Jesus, encontramos apenas duas menções, uma no milagre das bodas em Caná da Galiléia e outra em que ela procura Jesus na multidão, junto com seus outros filhos;
3. Durante o período de morte e ressurreição de Jesus;
4. Por último, Maria é mencionada pela última vez, participando de uma reunião de oração antes do pentecostes.
Tendo em vista que os evangelhos narram na sua maioria, um período de três anos do ministério de Jesus, percebemos que Maria não teve importância nenhuma neste período, a não ser como já citado, no nascimento de Jesus. Nas demais partes ela aparece como uma pessoa totalmente normal, sem nenhuma atuação de relevo. Se ela fosse uma pessoa com todos os atributos que o catolicismo lhe dá, sem dúvida alguma, ela teria tido mais presença nos evangelhos, mas em meio aos idólatras, é bem provável que venham dizer que este fato seja devido à sua humildade. O mais estranho ainda, é o fato de se mencionar Maria apenas uma vez no livro de Atos, como alguém que estava presente na reunião de oração antes do pentecostes (Atos 1.14), e nunca mais aparece nem sequer uma citação sobre Maria, seja em Atos ou em qualquer outra parte do Novo Testamento.
No Novo Testamento, além dos evangelhos, que narram sobre a vida de Jesus, encontramos no livro histórico de Atos dos Apóstolos, que como já mencionamos tem apenas uma citação de Maria, sem importância alguma; em seguida, vem as vinte e uma cartas, de autoria de vários escritores diferentes, estas possuem um conteúdo na sua maioria doutrinário, e, no entanto, jamais se menciona qualquer coisa sobre Maria. Será que se Maria fosse tudo o que afirmam os católicos romanos, não ocuparia esta, pelo menos algumas linhas deste importante conteúdo doutrinário da igreja do primeiro século? Depois resta apenas o livro de Apocalipse, de autoria de João, possuindo um conteúdo totalmente profético e sem mencionar nada também sobre Maria. Embora não seja a intenção de nossa matéria argumentar fora do conteúdo bíblico, é interessante notar que mesmo dentro dos escritos apócrifos, e ainda nos escritos dos pais da igreja, à partir do segundo século, também permanece um silêncio à respeito de Maria. Assim sendo, reafirmamos, que dentro da Bíblia, jamais se encontrará argumento para defender as quatro afirmações da tradição católica sobre Maria, pelo contrário, no que lemos dela, se apresenta como uma mulher comum que teve mais filhos, além de Jesus, nunca foi assunta aos céus, jamais ocupou lugar de intercessora e nem mesmo foi venerada por alguém.
Analisemos agora cada ponto mais detalhadamente.
1. Primeiro, a questão da virgindade de Maria. Segundo a Bíblia, aprendemos que Maria foi virgem até o nascimento de Jesus. Em Mateus 1.25, lemos que José não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho. Este termo, enquanto, fica claro que José não teve relação com Maria até que ela tivesse o filho, depois ele passou a se relacionar com Maria de forma normal e sadia, mesmo porque o sexo dentro do casamento é uma grande benção de Deus, e a perda da virgindade jamais seria um pecado na vida de Maria, sendo que ela foi desposada por José. O que seria sim, o cúmulo do absurdo, é José viver com Maria, sem jamais possuí-la sexualmente, seria totalmente antiético, anti-social e doentio, duas pessoas normais, jovens, casarem-se e permanecerem virgens. Se assim fosse não haveria necessidade de um casamento. O outro argumento que encontramos à respeito, é que Jesus foi procurado por Maria, certa vez, acompanhada de seus irmãos e irmãs (Mt 12.46-50, Mc 3.31-35, Lc 8.19-21). Os católicos se defendem dizendo que o termo usado para irmãos poderia se referir aos parentes de Jesus, mas para tal existe outra palavra grega que significa parente. Por exemplo, em Mc 6.4, Lc 2.44 e Rm 16.11, encontramos nestes versículos a palavra grega para parentes, que é diferente da outra palavra citada. Há ainda outras passagens em que Maria e seus irmãos são citados para identificar a Jesus (Mt 13.55 e Mc 6.3). Mais uma vez é mencionada Sua mãe e Seus irmãos, e é usada também a mesma palavra grega, que significa irmãos e não parentes. Encontramos também, duas citações de João (Jo 2.12 e 7.3-5,10), quando novamente é citada Maria e seus irmãos, usando também o mesmo termo bíblico que se refere a irmão. E a última passagem que cita Maria e seus irmãos em Atos 1.14, também se repete o mesmo termo grego. Fica aqui a pergunta sem resposta: Se existe a palavra grega “parente”, usada em outros versículos bíblicos, por que será que esta não foi usada nas passagens que se referia aos “parentes” de Jesus?

2. Em segundo lugar, vamos analisar a questão da divindade de Maria. Seria ela a mãe de Deus, ou apenas a mãe de Jesus? Maria nunca na Bíblia foi mencionada como a mãe de Deus, e sim como a mãe de Jesus, o que é bem diferente. Jesus foi a encarnação do Filho de Deus, Ele foi um Deus-homem, Sua parte que era Deus, sempre existiu, como Deus, Jesus é o eterno Filho de Deus, enquanto isto, nunca existiu Maria, pois ela foi somente uma mulher que veio a existir na época da encarnação de Jesus, assim sendo por apenas 30 anos ela foi a mãe de Jesus como homem e não como Deus, pois como Deus, ele foi eternamente o Filho de Deus, a segunda pessoa da santíssima trindade, e como homem ele foi 30 anos Filho de Maria, eu digo 30 anos, porque à partir do momento em que Ele iniciou seu ministério, Ele deixou de tê-la como mãe, por isto não a tratava como tal, ele apenas dizia: Mulher. Assim foi nas bodas de Caná, quando disse: “Mulher, que tenho eu contigo, ainda não é chegada a minha hora”. E assim foi também pouco antes de morrer, quando disse: “Mulher, eis aí o teu filho”, sabendo do sofrimento de Maria com sua morte, e sendo João, o discípulo amado, o mais íntimo e chegado a Jesus, deixa este como que um substituto para tomar seu lugar de filho, como conforto para Maria, mesmo porque, provavelmente Maria já era viúva, e seus outros filhos ainda eram incrédulos à respeito de Jesus. Não há sequer um sinal de divindade em Maria, e ele nunca foi mãe de Deus, mesmo porque Deus não tem mãe, apenas Jesus como homem precisou de uma mãe para nascer e ser criado como tal. Em Lucas 11.27-28, lemos o seguinte: …”certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que amamentaste. Mas Ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam.” Note que Jesus não deu destaque nenhum à Maria, pelo contrário, deixou bem claro que a bem-aventurança não está no fato de ela ter dado à luz, e sim no fato de ela ter ouvido a palavra de Deus e tê-la observado. Maria foi bem-aventurada, porque ouviu a Palavra de Deus e a obedeceu, como serva. Foi ela uma mulher abençoada por ser uma serva obediente a Deus, que cuidou de seu Salvador, pois Jesus, por um lado como homem, foi seu filho por 30 anos, mas como Deus foi também o seu Salvador, tanto é que no cântico de Maria ela diz: “…e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47) Deus também é o salvador de Maria, pois ela também foi concebida em pecado, como qualquer outro ser humano, o único que foi concebido sem pecado foi Jesus, porque já era Deus, e Deus é o único santo e sem pecado. Maria também precisou se converter, isto é, crer em Jesus como o seu Salvador, ela morreu e como uma cristã está na presença de Deus aguardando o dia da ressurreição, como todos os demais cristãos que já partiram, não existe exceção quanto à este detalhe, somente um foi morto, ressuscitou e foi levado em corpo incorruptível para o céu e este é Jesus, o Filho de Deus. Quando Jesus foi procurado por sua mãe e irmãos, segundo os textos que já foram citados anteriormente, a resposta dele foi: “Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam.” (Lc 8.21) Ele disse isto, justamente porque não se considerava mais filho de Maria e nem irmão de seus irmãos, e sim falava como o Deus encarnado que não possui vínculos familiares, mas sim vínculos espirituais com aqueles que ouvem e obedecem a palavra de Deus-Pai.

3. A terceira questão, diz respeito à obra intercessora de Maria. Teria ela poder para interceder por alguém? A Palavra de Deus é muito clara neste assunto, pois para tal foi usada a expressão “um só”. E é até constrangedor, termos que ensinar o significado de uma expressão que até mesmo uma criança pode entender que “um só”, significa que existe apenas um, que é exclusivo, singular, não há nenhum outro. O texto bíblico diz: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Tm 2.5) Se a Bíblia diz que entre Deus e os homens só há um mediador, é porque não existe mais nenhum. Essa conversa de que vamos à “mamãe” que ela nos leva ao “filho”, é realmente um grande erro bíblico e teológico. Esse “Jesus” que precisa da “mamãe” é muito humano e fraquinho, o Jesus da Bíblia, é o Filho de Deus que venceu a morte, o inferno, o diabo e tudo mais, Ele é Forte e Poderoso e jamais precisa da “mamãe”. Ele necessitou um dia de uma mãe sim, apenas para cumprir o propósito de Deus, se encarnar e viver entre nós como Deus-homem, e só assim poderia morrer na cruz e nos resgatar do pecado, da morte e do inferno. Mas hoje, Ele está exaltado à destra do Pai, é o Rei dos reis, e Senhor dos senhores, e reina para sempre, possuindo todo o poder na terra e nos céus, e se temos acesso direto a Ele, porque precisaríamos recorrer à uma mulher que já não é mais sua mãe, a não ser uma serva dEle como todos os demais. Aliás, aproveitando, é bom sabermos que segundo a Bíblia, não só Maria, mas qualquer outro ser humano morto, não pode fazer nada por ninguém, o único que tem poder para fazer algo por alguém, segundo a Palavra de Deus, é Jesus, porque Ele é o Senhor. A doutrina da intercessão de Maria, bem como de todos os demais santos, criados pela igreja católica, não tem base bíblica alguma, não existe um versículo sequer que possa respaldar tal ensino. Pelo contrário, é um ensino, que possui suas origens nas antigas religiões pagãs. Nem o judaísmo, berço do cristianismo, e nem o cristianismo jamais ensinaram tal doutrina.

4. Depois de todos os pontos anteriores, seria possível que Maria, fosse digna de veneração? Como podemos venerar uma mulher, que foi como qualquer outra. Morreu como qualquer outra, precisou de Jesus como qualquer outra, está na presença de Deus como qualquer outra, por que poderíamos venerar esta mulher? Ela é sim, como muitos outros servos de Deus, citados na Bíblia sagrada, digna do nosso respeito, digna de ser imitada, digna de ser lembrada, pois foi um modelo de mulher abençoada, humilde, servidora e obediente a Deus, que nos deixou um exemplo a ser seguido como mulher de Deus. Foi uma esposa e mãe fiel, e, sobretudo uma serva fiel a Deus. Mas, contudo, o que ela foi e fez, não pode ser venerada ou adorada, pois só um merece veneração e adoração, e este é Deus, seja o Pai, o Filho ou o Espírito Santo. A santíssima trindade é única digna de adoração. Este ensino é muito claro dentro da Palavra de Deus. E é neste ponto que o pecado sobre Maria se agrava mais, pois qualquer outro que for venerado, segundo a Bíblia, é idolatria. A Palavra de Deus diz: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto. (Mt 4.10) Mais uma vez, encontramos a palavra “só”, significando que mais ninguém deve ser cultuado, somente Deus. Mas os católicos cultuam Maria e muitos outros santos, por isso são considerados perante a Bíblia, idólatras. A idolatria é um pecado severamente condenado nas Escrituras, ele se dá justamente, quando se coloca em posição digna de culto, outro que não seja Deus. Não é só a questão da criação de imagens, isto também, mas o pior mesmo é prestar culto e veneração a estes personagens bíblicos, que foram homens e mulheres de Deus, mas que jamais tiveram uma posição diferente dos demais no que diz respeito a receber algum tipo de culto ou poder, para atender as pessoas que as buscam em oração.

Conclusão: gostaria de desafiar você a seguir o exemplo de Maria, sendo humilde suficiente para reconhecer que Jesus é o nosso Senhor e Salvador, o único digno de adoração e louvor, e ser obediente à Deus e Sua palavra, pois foi o que Maria fez, e este é o maior exemplo que ela nos deixou. Tornou-se uma mulher abençoada, não porque foi mãe de Jesus, porque no Reino de Deus não é posição que nos garante salvação, mas sim ouvir e obedecer a Palavra de Deus, ouso dizer que se Maria, ainda que fosse mãe de Jesus, se não ouvisse o obedecesse a Palavra de Deus não seria salva e bem-aventurada, se foi, é porque pela graça de Deus, sem mérito algum pessoal, ela também na sua humildade, reconheceu um dia em seu próprio ventre, que carregava o Filho de Deus, o seu próprio Senhor e Salvador. Um dia perante o juízo de Deus esta mulher se apresentará, como todos os seres humanos, e o que dará à ela, o privilégio de entrar no gozo eterno de Deus, será não dizendo: aqui estou eu Maria, a mãe de Jesus, meu Filho; e sim: aqui estou eu Maria, a serva de Jesus, meu Senhor e Salvador.

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